Lançado em agosto de 2020, Total War Saga: Troy recebe nesta semana sua última expansão, Rhesus & Memnon, em que duas novas forças se apresentam ao combate na lendária Guerra de Tróia. Após a excelente expansão Mythos, a DLC final é uma nota bem mais tranquila, mas com atrativos para os jogadores dedicados do game de estratégia.
Diferente de Mythos, que abraçou a mitologia grega com toda a força, Rhesus & Memnon é uma expansão mais pé no chão, que segue a linha de Troy e das expansões anteriores, misturando as lendas do Mundo Antigo com a realidade do campo de batalha de Total War.
Na expansão, dois novos exércitos atravessam o mar Egeu para ajudar seus aliados nos lados opostos da Guerra de Tróia: Rhesus, o rei da Trácia, chega com sua cavalaria vindo das áreas mais ao norte do mapa com o objetivo de vencer a guerra para expandir seu reino. Do outro lado, Memnon vem da Etiópia com um exército ao estilo horda, quase como a facção de Taurox em Total War: Warhammer II.
Com a ajuda dos deuses
Rhesus conta com um recurso único no jogo, a Devoção. Outros recursos como comida, madeira e metais são "sacrificados" para agradar os deuses e conquistar seus favores no campo de batalha. Agrade os deuses e seu exército vai receber bônus como redução de custos de manutenção, aumento na moral e acesso à unidades de elite, por exemplo.
Com os deuses satisfeitos, Rhesus pode convocar hostes de guerreiros das florestas - uma tropa para cada floresta sob seu domínio. O custo em comida para convocar estas forças é elevado, mas a taxa de manutenção é baixa. Esses guerreiros são selvagens e incapazes de capturar aldeias ou de receber aprimoramentos ou mesmo recuperar suas forças. Use-os na linha de frente para enfraquecer o oponente e não se importe muito com suas unidades.
Queimando tudo
Jogar com Memnon e sua horda etíope é para quem busca não só a vitória mas a aniquilação dos adversários. Destruir as aldeias inimigas rende recursos e bônus de movimento para seu exército - e o jogo até mostra quais recursos a facção receberá ao reduzir cada assentamento a um punhado de cinzas. Memnon é primo do Faraó do Egito, que, embora não se envolva diretamente na Guerra de Tróia, é um cara legal que não recusa emprestar algumas unidades ao primo etíope. Conforme progride, você não segue os sistemas de recrutamento tradicionais e sim, gasta recursos para recrutar certas unidades específicas em cada região.
Seu exército não pode utilizar agentes como as outras forças de Troy. Ao invés deles, Memnon conta com seguidores de acampamento com habilidades especiais. Escolha um seguidor antes da batalha e use-o para enfraquecer o herói adversário, que vai entrar em jogo com metade dos pontos de vida!
O próprio comandante é um verdadeiro monstro em combate corpo-a-corpo e os desenvolvedores não pouparam esforços em caracterizar suas tropas como um povo totalmente diferente dos gregos e minóicos vistos até aqui. Embora o estilo "horda destruidora" que passa tacando fogo em tudo não vá agradar a todos os jogadores, a caracterização deste novo exército me faz sonhar com um Total War ambientado na África na época dos faraós. Quem sabe um dia?
Fim da linha
Rhesus e Memnon pode não ser uma expansão épica como Mythos, mas não se pode dizer que a Creative Assembly entregou pouco conteúdo na DLC final de Troy. São 49 novas unidades para brincar em um dos mais divertidos campos de batalha da série Total War.
Após esta DLC, a Creative Assembly vai focar no aguardado Total War: Warhammer III, com lançamento marcado para fevereiro de 2022. O novo game promete expandir as batalhas entre os exércitos de Warhammer como nunca antes e estará disponível no lançamento no PC Game Pass.