A Volks quer muito com o Tera, seu novo SUV de entrada, que chegará em 2025 com grandes objetivos. Mas quais são eles? Abaixo, entramos um pouco o campo da especulação...
Você viu aqui no Terra Mobilidade que o nome do próximo produto da Volkswagen será Tera. Feito sobre a plataforma MQB A0, o modelo vai estrear um novo segmento dessa base modular, chamado "A0-In" e deve chegar com preços que fiquem justamente entre o Polo e o Nivus.
Ou seja, falamos de mais um SUV que quase não é SUV, tal qual Fiat Pulse e Renault Kardian - seus dois principais concorrentes, aliás. Posicionado como crossover, embora também com adereços de utilitário e proposta de carro de família, ele deverá chegar com preços entre R$ 100 mil e R$ 130 mil - mais ou menos onde acabam os valores do Polo e onde começam os do Nivus.
Qual a meta do Volkswagen Tera?
O Tera chegará para ser simplesmente um dos carros mais importantes da marca no país. Dizemos isso por acompanhar o crescimento do mercado de SUVs no Brasil e no mundo - em setembro de 2024, a categoria representou 47,91% dos emplacamentos totais. Ou seja, quase metade do mercado é de utilitários.
O Tera chegará para fazer o que o Pulse não conseguiu realizar na Fiat - embora na marca italiana existam outros fatores, como o sucesso absurdo comercial das picapes (Strada e Toro) e a forte presença de hatches de entrada, como Mobi e Argo, e do SUV "irmão de plataforma", o Fastback.
Na Volks, o Tera terá concorrência interna apenas do Polo, ainda que o hatch hoje tenha mais foco - devido às versões oferecidas - em vendas comerciais e para frotas.
Isso posto, fica claro o que a Volks quer fazer: concentrar as vendas de varejo em seus três (e futuramente quatro) SUVs - Tera, Nivus, T-Cross e Taos.
De acordo com a Volks, o nome Tera é justamente inspirado em tecnologia. A marca quer passar ao cliente que produz carros cada vez mais tecnológicos, conectados e seguros.
"Ele será um divisor de águas no mercado e um novo ícone pop para o Brasil”, explicou Ciro Possobom, CEO e Presidente da Volkswagen do Brasil, no comunicado que revelou o nome do carro.
Vai conseguir?
A Volkswagen tem muita capacidade comercial e o que a marca vem fazendo com o Polo é impressinante - existe a chance, até, de o hatch da empresa tomar o posto de carro mais vendido do Brasil da Fiat Strada, líder nesse quesito desde 2021.
Força fabril para isso o carrinho vai ter. "Primo" de plataforma do Skoda Kylaq, ele será feito em Taubaté (SP) e deverá utilizar somente o motor 1.0 TSI turboflex de até 116 cv e 16,8 kgf.m de torque - o mesmo do Polo. O câmbio poderá ser manual de cinco marchas ou automático Tiptronic de seis velocidades.