Audi A3 Sedan nacional sairá com motor flex em 2015

Fábrica em parceria com a Volkswagen irá produzir o A3 Sedan e o Q3 no Brasil com motor bicombustível

12 mar 2014 - 10h49

Principal aposta da Audi para crescer no Brasil, o A3 Sedan terá motor flex assim que se tornar nacional, segundo o vice-presidente de compras da Audi AG, Bernd Martens. A expectativa é de retomar a produção em São José dos Pinhais (PR) no segundo semestre de 2015. De acordo com o executivo, o propulsor bicombustível será o 1.4 litro TSI, que também equipará o Volkswagen Golf - ambos são produzidos na mesma plataforma. 

Ainda não está definida a fabricação do motor fora do Brasil, para equipar o modelo importado antes do nacional, assim como aconteceu com o rival BMW Série 3. Mas se depender de Martens, o propulsor deve mesmo ser feito em São Carlos, onde a Volkswagen tem uma fábrica de motores. "Acredito fortemente que a localização será feita. É um item de alta importância, gera créditos de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e temos a possibilidade de fazer esse motor em São Carlos", afirmou.

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Como é feito o cálculo da geração de créditos no regime Inovar-Auto ainda parece nebuloso, mas o executivo da Audi se reuniu com o novo ministro da Indústria, Mauro Borges, na semana passada para detalhar o processo de produção nacional e esclarecer pontos sobre o regime. "O Inovar não especifica um conteúdo local mínimo, você pode gerar crédito em ferramentas, compras. Depois podemos transformar este valor em um índice para ver o quanto representa de nacionalização dos itens."

A Audi tem pouco mais de um ano para começar a produção, segundo o cronograma. Conforme Martens, o prazo é curto, mas possível de se atingir. A vantagem da Audi é ter o prédio em São José dos Pinhais praticamente pronto para reviver o período entre 2000 e 2006, quando produziu o A3 hatch no local. "Temos que adequar algumas coisas. A parte de pintura precisará atender um volume maior. Implementar uma nova área de carroceria, dentro do prédio e uma nova linha de montagem para o Q3", disse.

Desse modo, o A3 Sedan e a sétima geração do Volkswagen Golf nascerão da mesma linha de montagem. Atualmente, a unidade produz os modelos da linha Fox e o Golf antigo. De acordo com Martens, existe área e capacidade produtiva para fazer os dois modelos da Audi no local - ele estima que a produção diária da planta suba para 1 mil, ante 850 unidades atualmente. A fábrica foi pensada para produzir também o Passat, o que nunca aconteceu. "Esse espaço vamos usar para o Q3", afirmou Martens.

A maior parte dos R$ 440 milhões que serão investidos pela Audi na produção brasileira será destinada para a nova parte de montagem de carroceria. A principal mudança na estrutura física será possivelmente um prédio logístico, mas ainda não há definição. Um grupo de três funcionários da Audi já trabalha em conjunto com a Volkswagen para definir fornecedores e quais peças e processos serão nacionalizados. São os primeiros de 350 novos empregados diretos na unidade, que terá capacidade para 26 mil carros por ano - a estimativa é que sejam 16 mil do A3 Sedan e 10 mil do Q3, quando a produção estiver em força máxima.

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O jornalista viajou a convite da Audi.

Fonte: Terra
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