A Gol Linhas Aéreas está decidida a entrar no segmento de mobilidade urbana. Por isso, faz uma ousada aposta no “carro voador” e planeja iniciar sua operação no Brasil em 2025. Conhecido como “carro voador”, o veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (eVTOL) tem vantagens sobre o helicóptero, embora faça basicamente a mesma coisa.
No caso da Gol, o “carro voador” é um eVTOL fabricado pela Vertical Aerospace. O modelo se chama VX4 e fez sua primeira decolagem na última segunda-feira (26). Ele ficou a 1,5 m do chão e foi manobrado por um piloto humano.
A próxima etapa de testes do “carro voador” será voar a 15 m de altura, depois a 1.500 m e por último a 3.000 m do solo. Como se trata de um veículo elétrico, o VX4 faz pouco barulho (ao contrário do helicóptero) e cobre distâncias menores. O VX4 deve ter capacidade para transportar o piloto e quatro passageiros em velocidades de até 325 km/h. Outra vantagem é não emitir carbono na atmosfera.
No caso do “carro voador” que interessa à Gol, o veículo tem asas fixas e hélices, enquanto os helicópteros usam o conceito de asas rotativas. O termo “carro voador” tem sido usado de forma popular e também interessa ao marketing, pois atrai um público mais amplo do que o da aviação – mas, na prática, um eVTOL é uma aeronave como o helicóptero (VTOL).
A frota da Gol será de 250 “carros voadores” da empresa irlandesa Avalon. Outra companhia aérea brasileira, a Azul, planeja adquirir 220 aeronaves desse tipo da fabricante alemã Lilium a partir de 2025, pagando US$ 1 bilhão. A Embraer, por sua vez, pretende fabricar eVTOL a partir de 2026.