A Audi AG anuciou nesta terça-feira lucro operacional de 5,03 bilhões de euros (cerca de R$ 16 bilhões) em 2013. O resultado do grupo, que reúne além de Audi as marcas Lamborghi e Ducati, foi impulsionado por um crescimento de 21% das vendas de veículos com quatro argolas na China - disparado o principal mercado com um total de 491 mil emplacamentos, o que representa quase um terço do volume mundial recorde de 1,57 milhão.
O lucro operacional foi 6,2% menor que o registrado em 2012 (5,3 bilhões de euros), mas a receita do grupo alcançou máxima histórica de 49,88 bilhões de euros. A meta agora é ultrapassar a marca de 50 bilhões de receita neste ano. Conforme Axel Strotbek, membro do conselho da Audi AG, o lucro do ano passado foir pressionado pelos investimentos em novas linhas de produção e pela competição em determinados mercados, que produz efeitos nos preços. "Quero enfatizar que, como marca premium, a Audi não entra em batalhas de descontos", disse.
Brasil
A nova planta no México e a produção no Brasil devem ter alguma importância nos próximos anos, embora os números ficam longe dos principais mercados. A unidade em parceria com a Volkswagen em São José dos Pinhais (PR) terá capacidade para 26 mil unidades por ano, sendo 16 mil do A3 Sedan (a partir do final de 2015) e 10 mil do Q3 (em 2016). O local será a terceira fábrica no mundo a produzir o sedã compacto, que começou a ser vendido no Brasil em janeiro por R$ 116 mil.
Segundo afirmou o presidente do conselho da Audi AG, Rupert Stadler, os mercados emergentes passam por um momento de ansiedade depois do "boom" dos últimos anos. "Nós vemos as coisas diferentes. Os impactos a longo prazo em cada país dependem menos de um status de mercado emergente do que da capacidade específica de cada um de resolver os problemas dentro da sua estrutura econômica", afirmou.
"Vemos o Brasil em uma boa posição a longo prazo neste quesito: as dívidas externa e pública são baixas, em comparação com outros mercados emergentes. O país é rico em matéria prima, o que dá uma fonte confiável de renda. Tem um sistema educacional efetivo. A população é jovem e a classe média está crescendo", completou Stadler. Segundo projeções, a Audi deve aproveitar o crescimento de 100% do mercado de luxo no Brasil até 2020. E já pode sentir essa mudança nos primeiros meses de 2014, quando emplacou 2,2 mil unidades - um avanço de 183% com relação ao mesmo período do ano passado, embora a base de comparação seja pequena.
Confira os 10 maiores mercados da Audi em 2013:
País | Vendas | Mudança em relação a 2012 |
China | 491.989 | + 21,2% |
Alemanha | 250.025 | - 5% |
Estados Unidos | 158.061 | + 13,5% |
Reino Unido | 142.039 | + 14,9% |
França | 57.012 | - 8,3% |
Itália | 47.007 | - 6,1% |
Rússia | 36.150 | + 7,9% |
Espanha | 34.977 | - 3,2% |
Bélgica | 30.250 | - 5,5% |
Japão | 28.735 | + 20,1% |
O jornalista viajou a convite da Audi.