Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), anualmente cerca de 45 mil mortes e 300 mil lesões graves são causadas por acidentes no trânsito. Os números demonstram a urgência de medidas para reverter esse problema que afeta também veículos comerciais, ou seja, que fazem transportes de mercadorias ou servem de locomoção para prestar algum tipo de serviço. Uma tecnologia tem se destacado como necessária para as frotas: a videotelemetria.
A combinação de Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA) e Big Data usa câmeras inteligentes para identificar automaticamente comportamentos de risco, como distração ao volante, uso do celular, distância insegura e excesso de velocidade. Um alerta sonoro é emitido imediatamente na cabine para o motorista retomar o cuidado e atenção. Um ato que pode salvar não apenas a vida de quem está por trás do volante, mas de demais pessoas na rua.
A tecnologia também auxilia as empresas a priorizarem os comportamentos que precisam de maior atenção e criarem políticas de reconhecimento de bons condutores. Imagens das situações perigosas são coletadas e enviadas para uma plataforma, a fim de que o gestor da frota tenha acesso ao que aconteceu e possa tomar decisões de como treinar e corrigir problemas com o seu time.
“O gestor também é responsável pelo que está acontecendo nas ruas e precisa trabalhar ativamente nas ações corretivas para que o motorista tenha uma direção mais focada e cuidadosa. Isso exige investimento das empresas para que ele possa ter ferramentas a seu favor”, afirma Rodrigo Mourad, presidente e cofundador da Cobli.
Uso e celular ao volante: a principal causa
Um levantamento divulgado pela Abramet (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego) mostrou que, em todo o País, pelo menos 250 mil condutores foram flagrados utilizando o celular no trânsito em 2021.
O ato já é a principal causa de distração ao volante e também pesa no bolso. O uso do telefone é considerado infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e sete pontos na carteira. Contar com uma identificação automática desse hábito e com o alerta imediato na cabine impacta na segurança e na redução de gastos.
O executivo enfatiza que o retorno de resultados é rápido e transformador para a segurança e redução de custos.
“Em poucos meses da implementação da Cobli Cam — nossa solução de videotelemetria — um cliente reduziu 68% dos comportamentos de risco. Já outra empresa, diminuiu a praticamente zero as infrações por uso de celular“, menciona Rodrigo.
Tecnologia para salvar vidas
Quando o assunto é câmera, o potencial é grande, porém ainda precisa de mais priorização das empresas. Segundo o estudo The Video Telematics Market, da Berg Insight, de 2021 para 2022 houve um aumento de 17% de dispositivos de vídeos instalados em veículos na América do Norte. Até 2025, este aumento chegará a 86%.
“O número da adoção da videotelemetria no país ainda é baixo, porém tem crescido nos últimos anos. Na Cobli, por exemplo, 50% dos nossos novos clientes já optam pela solução com câmeras”, afirma Rodrigo.
Portanto, o comportamento agressivo ao volante é responsabilidade do motorista, do gestor de frotas e das empresas. Esse é um problema com gastos inestimáveis, como a perda de vidas.
“Tornar as vias mais seguras requer investimento e atenção, e a videotelemetria é uma ferramenta indispensável na busca por uma direção mais focada e cuidadosa.
“Com o tempo, o motorista cria seu modo específico de direção e passa ter comportamentos inconscientes. Com gravações e imagens, é possível planejar ações e reconhecimentos customizados e priorizados para que condutor e demais pessoas ao seu redor voltem para casa em segurança”, reforça o executivo.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.