A Embraer informou nesta terça-feira que concluiu no fim de maio a fase de definição conjunta do projeto do jato regional E190-E2, executando a revisão preliminar do projeto. "A empresa também finalizou os ensaios em túnel de vento do E190-E2, que será o primeiro modelo da segunda geração da família E-Jets de aviões comerciais para o segmento de 70 a 130 assentos, denominada E-Jets E2, planejada para entrar em operação a partir de 2018", informou a companhia em nota à imprensa.
Segundo a Embraer, o próximo passo no desenvolvimento do E190-E2 será a revisão crítica do projeto, em que deverá ser comprovada a maturidade do produto, permitindo em seguida o início da fabricação dos protótipos. Às 10h15, as ações da companhia subiam 0,79%, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 0,15%.
Segunda geração
A fabricante brasileira anunciou em junho do ano passado que planeja investir US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 3,4 bilhões) nos próximos oito anos na nova geração de E-Jets, que devem ter três novos aviões: E175-E2, E190-E2 e E195-E2. O primeiro entra em serviço no primeiro semestre de 2018, sendo que o segundo começa a operar em 2019 e o terceiro em 2020. Ao lançar os novos produtos, a Embraer divulgou pedidos por até 365 dos novos aviões. Embora não tenha apresentado os preços de tabela dos novos produtos, a Embraer informou que eles serão cerca de 15% acima dos modelos em produção agora. Assim, pelos cálculos da Reuters, o valor total dos acordos, se confirmados, atingiria US$ 18 bilhões.
A Embraer planeja acrescentar três fileiras de assentos ao seu maior jato, o E-195, e uma fileira ao modelo E-175. A nova geração dos E-Jets não incluirá o menor avião da família atual, o E-170. O campeão de vendas E-190 será o primeiro a ser atualizado. Ele terá o mesmo tamanho da versão disponível hoje, com capacidade para até 106 passageiros. Pelo cronograma da Embraer, o E190-E2 entrará em serviço no primeiro semestre de 2018, com o E-195-E2 iniciando voos comerciais em 2019 e o E-175-E2 em 2020. A economia de combustível com os novos jatos será de 16% a 23% frente aos atuais.
O motor mais eficiente poderá ajudar a Embraer a manter sua liderança recente conquistada no mercado de aviões de 70 a 120 assentos, além de colocar pressão adicional sobre a Bombardier. Com o novo E-195 de 132 lugares, a fabricante brasileira rivalizará mais diretamente com o novo CSeries da empresa canadense.