A General Motors está sendo acusada nos Estados Unidos de ter atrasado em quase uma década um recall por problemas na ignição do Chevrolet Cobalt e Pontiac G5, segundo informações publicadas no site da rede CNN. O defeito desliga o motor do veículo, o que leva a perda da direção e da assistência de frenagem, além de fazer com que o airbag não funcione em caso de colisão, o que teria provocado seis mortes no país desde 2005. De acordo com a publicação, a GM reconheceu que as mortes estão relacionadas ao problema.
Um advogado decidiu processar a empresa após a morte de uma mulher que dirigia um Cobalt, em 2010. Ele teria afirmado à CNN que engenheiros da GM testaram os carros e constataram o problema na chave de ignição em 2005. A lei americana obriga as montadoras a comunicar os defeitos de segurança cinco dias após descobri-los – a multa máxima para as que não cumprem o prazo é de US$ 35 milhões. A CNN afirma que a GM não comentou o assunto por se tratar de um processo judicial em curso.
De acordo com a publicação, quando uma empresa de veículos convoca um recall, normalmente ela dá uma cronologia detalhada sobre quando o problema foi constatado, mas a GM não fez o procedimento para a chamada do Cobalt e do Pontiac G5. A montadora deve apresentar uma cronologia detalhada do problema em breve.
Em fevereiro deste ano, a GM anunciou o recall de 778.562 carros envolvendo os modelos Chevrolet Cobalt, fabricados entre 2005 e 2007, e Pontiac G5, produzidos em 2007. Nos carros afetados, o peso no chaveiro e estradas irregulares ou esburacadas podem fazer com que a chave de ignição saia da posição "ligar", causando o desligamento do motor e outros componentes sem aviso prévio, como os airbags.
