A presidente Dilma Rousseff mandou adiar novamente a entrada em vigor da instalação obrigatória de rastreadores, dispositivo de localização de veículos, em carros novos, segundo informações publicadas nesta sexta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. De acordo com a publicação, a decisão foi tomada a pedido das montadoras e faz parte das medidas para amenizar a crise na indústria automobilística, que sofre com as quedas nas vendas de veículos.
Segundo o jornal, as montadoras afirmam que a obrigatoriedade do rastreador iria encarecer ainda mais os carros. Neste ano, a indústria estima que os gastos subiram 5% por causa da obrigatoriedade de airbags e freio ABS, além da elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). De acordo com a Folha, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) argumenta que o rastreador deve ser um item opcional no veículo – cada equipamento teria custo estimado entre R$ 700 e R$ 800 para o consumidor, que teria de contratar também um serviço com uma empresa especializada em rastreamento por satélite.