Pelo segundo ano consecutivo a Honda cresceu em volume no Brasil. Mas, ao contrário do ano anterior, em 2024 a Honda não apenas recuperou seu oitavo lugar como se aproximou das 100 mil unidades. Pode-se dizer que finalmente a Honda se livrou da dependência do Civic, seu carro nacional de maior prestígio até 2021.
Os carros que sustentam a Honda nesta nova fase são o HR-V e a família City, ambos lançados em 2022, após a descontinuação do Civic nacional. Com duas opções de motor 1.5 bem distintas (aspirado de 126 cv e turbo 177 cv), o Novo HR-V rompetu a barreira de 50 mil vendas e ficou em 17º lugar no ranking geral.
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O Honda City utiliza apenas o motor 1.5 de 126 cavalos, mas com as carrocerias hatchback – uma inovação no modelo – e sedã. Juntos, os dois City emplacaram 31 mil unidades (15 mil do Hatchback e 16 mil do Sedan).
Esse total é superior aos 27 mil registros que o Honda Civic conseguiu na última vez que a Honda vendeu mais de 100 mil carros no Brasil (2019, antes da pandemia).
A Honda comemora o fato de ter crescido 27% junto com seu maior volume desde 2020. Para além disso, agora toda a produção é feita na moderna fábrica de Itirapina (SP) e no lugar do Civic – um modelo caro e de produção cara – ela fabrica o City, que tem custos menores e é mais acessível.
A Honda foi pragmática ao abandonar o segmento de sedãs médios (categoria C), pois ele está em franca decadência no Brasil. Mesmo que isso tenha custado deixar o mercado de bandeja para a Toyota, que agora precisa investir num sistema híbrido mais evoluído para o Corolla, caso não queira ser engolida pela BYD e seu King híbrido plug-in.
Da mesma forma, a Honda tomou a decisão certa ao trocar o monovolume Fit pelo City Hatchback. Mais certa ainda está ao providenciar para o segundo semestre de 2025 o lançamento da nova geração do Honda WR-V, um SUV compacto que competirá numa faixa de preços abaixo do HR-V.
Não devemos esperar preços generosos para o WR-V, pois a Honda cobra também pela sua confiabilidade. Às vezes exagera, como aconteceu em alguns momentos com o último Civic nacional. Devido a esse detalhe, as vendas também poderão ser limitadas – no máximo 20 mil carros por ano.
Por isso, mesmo com o mercado em crescimento, para voltar aos 129 mil carros que vendia antes da pandemia, a Honda precisará ficar atenta ao ataque da BYD. Além ser um híbrido plug-in, o BYD King custa entre 180 mil e 192 mil reais, enquanto o Honda Civic híbrido custa 266 mil reais.
