A linha da Fiat no Brasil pode passar por uma verdadeira revolução nos próximos anos. Hoje composta majoritariamente de modelos desenvolvidos no país, a marca receberá uma série de novos carros com projeto global já a partir do ano que vem. E o primeiro deles será o novo Grande Panda, que será o sucessor do Argo no país. Confira como pode ficar a linha de modelos da marca líder de vendas no Brasil.
Atualmente, a Fiat conta em seu portfólio com os modelos Mobi, Argo, Cronos, Pulse, Fastback, Strada, Toro, Titano, 500e, Fiorino, Scudo e Ducato. De toda a linha, apenas 500e, Scudo e Ducato são projetos globais. Todo o restante, ou são produtos totalmente locais feitos no Brasil ou produzidos em países do Mercosul (Titano e Cronos).
Já na Itália – e no resto da Europa, a linha da Fiat é completamente diferente: Pandina (antiga geração do Panda), Tipo , 600, 500e, Topolino, Doblò, Scudo, Ducato e o novo Grande Panda. Os modelos Doblò, Scudo, Ducato e Topolino também contam com rebadges de outras marcas do grupo Stellantis.
Já o Grande Panda será um divisor de águas na linha da Fiat. Ele é o primeiro modelo da nova família global da marca italiana, e é feito sobre a plataforma modular Smart Car, a mesma do Citroën C3 e uma evolução da base STLA Small. A partir do novo Panda, a Fiat pretende unificar o seu portfólio atual em uma linha global de modelos.
Em fevereiro do ano passado, a Fiat revelou cinco carros conceito baseados no Panda: um hatch, um fastback, uma picape e dois SUVs. No entanto, isso não significa que alguns modelos vendidos no Brasil sairão de linha. Isso porque, a tendência é a de que alguns carros da Fiat projetados aqui no Brasil se tornem produtos globais.
É o caso da picape Strada, líder de vendas no mercado brasileiro desde 2021, que ganhará uma nova geração baseada no Panda que será vendida inclusive na Europa. O mesmo também pode ocorrer com a Toro e com o Pulse e Fastback, que também estão entre os possíveis conceitos derivados do Grande Panda.
Para efeito de comparação, o nosso exercício de futurologia vai até 2030, ano em que termina o atual ciclo de investimentos da Stellantis no Brasil. Para ilustrar os novos modelos globais, utilizamos as imagens dos conceitos revelados pela Fiat no último ano. Com a chegada do Panda – que pode ter um novo nome no Brasil – a linha da Fiat no mercado brasileiro pode ficar da seguinte forma:
Com isso, os futuros carros da marca compartilharão a mesma filosofia e tecnologia, com uma plataforma global única, que suporta motorizações a combustão, híbridas ou elétricas. No entanto, cada região deve ter algumas particularidades em relação ao design, equipamentos e motorização, com predominância dos híbridos-flex no Brasil, por exemplo.
Além dos novos modelos já citados, também estão previstos para o Brasil um facelift pontual para Argo, Cronos, Pulse e Fastback, que devem sobreviver até a chegada do Panda e seus derivados, ou um pouco depois, como opções de entrada. Outras novidades serão a chegada do novo Doblò – inicialmente apenas em versão elétrica, um facelift para a picape Titano e o lançamento do SUV 600, que deve substituir o 500e. O Mobi, por outro lado, deve sair de linha com a chegada do Panda.
A marca também apostará em mais tecnologias de híbridos-flex para os atuais motores a combustão. De qualquer forma, essa projeção ainda pode ter mudanças nos próximos anos. Fatores como a cotação cambial e a carga tributária podem influenciar na chegada de algum dos modelos, ou na mudança de estratégia da montadora. Seja como for, os próximos anos da Fiat no Brasil serão bem agitados.