O novo Citroën C3 está dando o que falar por conta de sua proposta inovadora, tanto em termos de design quanto de preço, já que os R$ 68.990 pedidos pela montadora fazem do novo hatch um dos veículos mais acessíveis do segmento.
Mas é importante lembrar que esse valor se refere à versão de entrada da nova linha, a Life, que conta com motor 1.0 de 75 cv e 10,7 kgfm e câmbio manual de cinco marchas e pacote básico de equipamentos de série, que inclui ar-condicionado, vidros dianteiros e travas com acionamento elétrico, luzes de condução diurna e monitor de pressão dos pneus, além dos obrigatórios duplo airbag, controles de estabilidade e de tração com assistente de partida em rampas.
Central multimídia, rodas de liga leve ou mesmo um prosaico limpador do vidro traseiro com desembaçador não são oferecidos sequer como opcionais. Quem quiser esses itens precisa adquirir uma versão superior (e mais cara).
Selecionamos, então, cinco modelos usados com cinco anos de uso que custam menos que a versão de entrada do novo Citroën C3, mas que oferecem mais, tanto em termos de motorização quanto em equipamentos (lembrando que os preços são da tabela Fipe de setembro). Confira a seguir.
. Hyundai HB20X 1.6 Premium automático (2017) – R$ 68.410
A versão aventureira do HB20 conta com motor 1.6 16V flex de 128 cv e 16,5 kgfm (com etanol) e câmbio automático de seis marchas, o que se traduz em mais conforto e desempenho, mesmo com o carro carregado. O modelo já não se destaca tanto no trânsito, mas ninguém vai dizer que se trata de um carro feio. O consumo de 7,1 km/l em cidade e de 8,7 km/l na estrada (com etanol) é um de seus pontos fracos.
. Peugeot 2008 Allure 1.6 automático (2017): R$ 61.885
A station compacta exibe o visual antigo do modelo, mas ainda agrada os fãs de peruas e aqueles que precisam de um pouco mais de espaço para bagagem. O motor 1.6 16V, com 122 cv e 16,4 kgfm (com etanol) proporciona boa dirigibilidade – embora deixe a desejar em termos de consumo – auxiliado pelo eficiente (mas antiquado) câmbio automático de quatro marchas. Roda apenas 6,8 km/l na cidade e 7,9 km/l em rodovias.
. Renault Stepway 1.6 16V (2017): R$ 53.241
Essa opção é mais indicada para quem necessita de mais espaço interno – uma das principais vantagens do hatch. A versão “aventureira urbana” exibe um visual que ainda agrada, assim como o bom motor 1.6 de 118 cv e 16 kgfm (abastecido com etanol). O modelo não oferecia câmbio automático, mas a caixa manual não apresenta problemas crônicos e ainda ajuda no consumo com etanol, que é de 8,6 km/l em vias urbanas e de 9,2 km/l nas estradas.
. Toyota Etios Cross 1.5 automático (2017): R$ 60.715
Vamos combinar que o interessado no Toyota Etios Cross não se preocupa com o design – o principal aspecto negativo do carro, reconhecidamente. Em compensação, também não há como negar que o compacto oferece uma experiência de condução muito boa, e o motor 1.5 16V de 107 cv e 14,7 kgfm contribui muito para isso. Tanto que nem o antiquado (mas eficiente) câmbio automático de quatro marchas prejudica o consumo de etanol, que é de razoáveis 8,1 km/l em circuito urbano e de 9,2 km/l no rodoviário.
. VW CrossFox 1.6 i-Motion (2017: R$ 60.024
O compacto aventureiro da VW deixou muita gente saudosa por conta da posição mais elevada de dirigir e do bom comportamento dinâmico do modelo. A versão com câmbio robotizado i-Motion (com uma embreagem) não fez muito sucesso, mas há quem defenda a praticidade do sistema, que exige alguma adaptação para evitar os “soluços” nas trocas de marcha. Em compensação, o motor 1.6 de 120 cv e 16,8 kgfm segue em alta no quesito robustez.