A contratação da primeira executiva-chefe mulher da General Motors, Mary Barra, era para ter sido uma boa publicidade para empresa, mas após o anúncio da fabricante, o presidente Barack Obama reconheceu o marco durante um discurso na semana passada e o assunto foi rebatido pela imprensa local com detalhes sobre as diferenças salariais entre ela (US$ 4,4 milhões) e seu antecessor Dan Akerson (US$ 9 milhões), segundo informações da Bloomberg.
Em resposta, a companhia emitiu um comunicado argumentando que "a discussão da desigualdade salarial entre Mary e seu antecessor é prematura e falha", mas defendeu também que Akerson teve experiências anteriores na indústria automobilística e com finanças antes de se tornar CEO, além do fato dela ter menos responsabilidades que o executivo anterior, pois divide decisões com Tim Amman, que está com o cargo recém relançado de presidente.
A publicação questiona se esse seria o verdadeiro motivo ou se a GM estaria tendo um comportamento típico de um corpo diretivo masculino. Em última análise, Mary é o posicionamento público da companhia, responsável por acalmar ventos políticos, se ela conseguir cumprir esse desafio será recompensada. Até lá, as conversas nos Estados Unidos devem ser menos sobre salários e mais sobre os planos da executiva.