Com a decisão do governo de retomar gradualmente a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), os automóveis e comerciais leves ficarão até 2,2% mais caros a partir de janeiro. O cálculo feito pela Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) aponta que cada ponto percentual de IPI afeta em 1,1% o preço ao consumidor.
Conforme divulgado na terça-feira, o tributo que incide sobre o carro "popular", com motor 1.0, passa de 2% para 3% em janeiro, com previsão para chegar a 7% em julho. O IPI dos carros flex de 1.0 a 2.0 passa de 7% para 9%, e alcança 11% em julho do ano que vem. Nos carros com motores unicamente movidos a gasolina, a alíquota passa de 8% para 10%, variando para 13% em julho.
A alíquota dos automóveis foi de 7% para zero no ano passado para estimular a indústria nacional, tendo sido recomposta para 2% até 31 de dezembro de 2013. O decreto do governo federal retoma a alíquota anterior gradativamente. A estimativa é que o aumento do imposto eleve a arrecadação em R$ 950 milhões até o meio do ano.
Airbag e ABS
O cálculo também não leva em consideração a lei que obriga todos os veículos feitos no Brasil a serem equipados com airbag e freios ABS a partir de janeiro. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a determinação deve encarecer os modelos "populares", que ainda não tinham os itens de segurança, entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil. No entanto, o acréscimo pode alcançar até R$ 3 mil, como no caso do Peugeot 207 Active, que teve seu preço ajustado de R$ 30.990 para R$ 33.990 neste mês com a inclusão dos equipamentos.
Automóveis | IPI normal | IPI em 2013 | A partir de janeiro | Impacto no preço |
Até 1.0 l | 7% | 2% | 3% | +1,1% |
Até 2.0 flex | 11% | 7% | 9% | +2,2% |
Até 2.0 gasolina | 13% | 8% | 10% | +2,2% |
Utilitários | 8% | 2% | 3% | +1,1% |
Caminhões | 5% | 0% | 0% | 0% |