As vendas de veículos novos no Brasil em maio recuaram no comparativo anual e os lojistas apostam em queda de mais de 3% no ano como um todo, afirmou a entidade que representa as concessionárias, Fenabrave, nesta terça-feira.
Em maio, as vendas de carros, comerciais leves, ônibus e caminhões novos no Brasil caíram 7,2% sobre um ano antes e ficaram praticamente estacionadas sobre abril, que teve um dia útil a menos que o mês passado.
Os licenciamentos de maio somaram 293.383 veículos, contribuindo para uma queda de 5,5% no acumulado deste ano sobre os primeiros cinco meses do ano passado, a 1,4 milhão de unidades.
Perguntado se o setor tenta novos incentivos junto ao governo federal, que poderiam incluir um adiamento na volta de alíquotas integrais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti, negou a hipótese.
"Não vejo espaço para termos novos incentivos. O governo já sinalizou que não haverá", afirmou ele a jornalistas. Segundo ele, o setor trabalha com expectativa de queda de 3,24% nas vendas de veículos este ano, para 3,64 milhões de unidades.
Uma nova projeção poderá ser divulgada após a realização da Copa do Mundo de futebol no Brasil, que deve pesar sobre o período de vendas.
"A projeção otimista (do início do ano), já descartamos. Vemos um viés de baixa. O PIB está desacelerando", afirmou Meneghetti.
De todas as principais categorias, apenas as vendas de comerciais leves e caminhões tiveram crescimento anual nos licenciamentos. A primeira teve alta de 3,15% e a segunda avançou 1,5%.
Automóveis tiveram queda anual de 10,7%, ônibus recuaram 11,8%, tratores e máquinas agrícolas caíram 12% e motos registraram baixa de 2,7%, segundo os dados da Fenabrave.
No comparativo mensal, o destaque foi o crescimento das vendas de caminhões, que saltaram 17% em maio contra abril. Nessa comparação, automóveis também mostraram queda, de 1,7%.
No ranking de vendas de carros e comerciais leves, a Fiat seguiu na dianteira, com fatia de 20,13% dos licenciamentos. A montadora foi seguida por Volkswagen, com percentual de 18,04%, General Motors, com 17,6%, e Ford, com 8,77%.
Renault registrou participação de 7,79% e foi seguida por Hyundai, com 7,06%, que ficou à frente de Toyota, com 5,98%.
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