O Renault Logan, um dos sedãs compactos que marcou a presença da Dacia no Brasil, encerra oficialmente sua produção após 17 anos. A Renault confirmou a decisão, simbolizando o fim de um ciclo importante para o modelo que, desde sua estreia em 2007, conquistou espaço pelo seu custo-benefício.
O Logan, fruto de um projeto da subsidiária romena da Renault, chegou para oferecer espaço interno generoso e um porta-malas de 510 litros, rapidamente se tornando uma opção atrativa para as famílias brasileiras.
Durante seu auge, especialmente em 2014, o modelo registrou mais de 46 mil unidades vendidas. Este sucesso foi impulsionado por seu preço competitivo e versatilidade, fatores que o tornaram popular entre consumidores que buscavam um sedã acessível e funcional.
No entanto, nos últimos anos, o Logan enfrentou uma queda acentuada nas vendas. Em setembro de 2024, por exemplo, as vendas atingiram quase 2 mil unidades, concentradas principalmente em vendas diretas para empresas. No ano anterior, em 2023, apenas 4.559 unidades foram emplacadas, números bem inferiores aos de concorrentes como o Chevrolet Onix Plus.
A última grande atualização do Logan ocorreu em 2019, com a versão final equipada com um motor 1.0 de 82 cv e câmbio manual. Até 2022, o modelo oferecia uma opção de motor 1.6 com 118 cv, mas a Renault optou por simplificar a linha e priorizar versões mais econômicas.
O encerramento da produção do Logan faz parte de uma mudança maior na estratégia da Renault. A marca busca distanciar-se dos projetos da Dacia e focar em modelos com identidade própria. Esta transição já foi sinalizada pela saída do Sandero em 2022 e se reflete no portfólio atual, onde o Duster permanece, mas com uma proposta diferente e mais antiga. Com a saída do Logan, a Renault reforça sua aposta em um futuro renovado, mirando inovação e maior exclusividade em sua linha de veículos.