Imagine poder viajar com seu carro elétrico, ver a bateria chegar quase ao fim, parar e trocar por uma nova - e cheia - por um custo mínimo... Esse é o projeto da CATL
A CATL (maior fornecedores de baterias para carros elétricos do mundo) apresentou nas últimas semanas um sistema chamado Choco-SEB que promete substituir a bateria do carro elétrico em 100 segundos (1min40s).
A ideia é transformar a experiência de uso dos veículos eletrificados com novas tecnologias. Esse sistema, ainda em estudo, sugere que em vez de o carro elétrico parar para recarregar sua bateria - o que pode tomar mais de hora -, ele troque a bateria esgotada por outra 100% carregada em menos de dois minutos.
Dessa forma, o "problema" com tempos de recarga não seriam mais dos donos dos carros, mas sim dos postos onde essas trocas seriam feitas.
O objetivo da CATL é criar uma rede de estações de troca - o projeto da empresa prevê instalar até 30 mil estações em toda a China. A ideia é aumentar esses postos de forma acelerada nos anos seguintes.
Como faz a troca?
Cada estação teria de 14 a 30 compartimentos para a realização da troca. Cada "vaga" dessa poderia trocar até 822 baterias por dia - e de acordo com a CATL, a taxa de sucesso é de 99,99%. O número máximo de trocas em uma mesma estação - segundo esses dados, portanto - seria de 24.660. Por dia.
Se essa medida for adotada, naturalmente haveria uma mobilidade por parte dos fabricantes para que houvesse uma padronização de baterias - com isso, todo carro eletrificado poderia ser atendido nas mesmas estações. E a CATL tem a seu favor o fato de ser a maior fornecedora do componente do mundo.
Várias marcas de carros já se pronunciaram na China e disseram querer se unir ao projeto Choco-SEB. De acordo com a CATL, algumas dessas empresas prometeram até lançar modelos compatíveis com o novo sistema de troca.
Os primeiros a serem lançados com suporte para essa tecnologia serão o GAC Aion S, o Changan Oshan 520 e o Wuling Bingo, todos previstos para 2025. Outros dois (Hongqi E-QM5 e SAIC Roewe D7) também já prometeram se adaptar ao novo esquema.
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