Dos 33 coautores do PL do aborto, 12 são mulheres. Mas na última quarta-feira, 12, a deputada federal Renilce Nicodemos anunciou a retirada de sua assinatura do projeto de lei.
Dos 33 colaboradores do PL 1094/24, que equipara o aborto após 22 semanas ao crime de homicídio, 12 são mulheres. Elas são filiadas aos partidos PL, MDB, Republicanos, União Brasil, Avante e PSDB.
No entanto, a deputada federal Renilce Nicodemos, MDB-PA, formalizou um requerimento à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados solicitando a retirada de sua assinatura do projeto de lei. A decisão foi anunciada por Renilce nas redes sociais na última quarta-feira,12.
Renilce ocupou o cargo de deputada estadual do Pará de 2019 a 2022 e atualmente é suplente na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara dos Deputados.
A proposta é de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e tem sido alvo de crítcas nas redes sociais por ferir os direitos de mulheres e meninas. Abaixo, veja quem são as 11 parlamentares mulheres que ainda são favoráveis ao PL:
Bia Kicis (PL-DF)
Ex-procuradora do Distrito Federal, a deputada ganhou destaque como militante da extrema-direita e defensora do ex-presidente Jais Bolsonaro durante seu governo. Em 2019, chegou a ser um dos nomes investigados no chamado inquérito das fake news contra o STF (Supremo Tribunal Federal).
Carla Zambelli (PL-SP)
Carla Zambelli foi eleita deputada federal por São Paulo em 2018, sendo outra figura importante da extrema-direita. A parlamentar virou alvo da Justiça após ser filmada, em 2022, entrando em um bar com um revólver em punho.
Coronel Fernanda (PL-MT)
Coronel da Polícia Militar do Mato Grosso, Fernanda ingressou na polícia em 1996. Graduada em Direito, ela foi apoiada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para disputar as eleições para deputada federal pelo PL em 2022.
Cristiane Lopes (União Brasil-RO)
Cristiane Lopes ocupou o cargo de vereadora de Porto Velho de 2016 a 2020. Em 2018, ela concorreu como candidata a deputada federal, mas foi somente em 2022 que alcançou a posição pelo partido União Brasil.
Dayany Bittencourt (União Brasil - CE)
Dayany Bittencourt é casada com o Capitão Wagner, ex-deputado federal que está concorrendo como pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza.
Ely Santos (Republicanos - SP)
Formada em Gestão Pública, Ely Santos ocupou a presidência do Fundo Social de Solidariedade de Embu das Artes de 2017 a 2021. Posteriormente, passou a gerenciar a Secretaria de Desenvolvimento Social. Ainda em 2021, ocupou interinamente o cargo de deputada federal por 120 dias no lugar de Roberto Alves. Em 2023, ela substituiu Milton Vieira depois dele deixar a posição.
Franciane Bayer (Republicanos - RS)
Formada em Direito, Franciane se posiciona como defensora dos direitos da infância, da liberdade e contra o aborto. Ela foi eleita deputada estadual em 2018 e, em 2022, filiou-se ao Republicanos, quando concorreu e conquistou um assento na Câmara dos Deputados como deputada federal.
Greyce Elias (Avante - MG)
Advogada, Greyce Elias foi vereadora de Patrocínio (MG) antes de assumir o cargo de deputada federal. Ela é uma das responsáveis pela lei 14.188/21, que estabelece o programa de cooperação Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica e criminaliza a violência psicológica contra a mulher.
Julia Zanatta (PL - SC)
Julia Zanatta é formada em Jornalismo e Direito e se descreve como uma defensora do armamento civil, da legítima defesa da vida e da propriedade, e da liberdade de expressão. Em 2022, Julia foi eleita deputada federal por Santa Catarina.
Lêda Borges (PSDB - GO)
Lêda Borges tem uma trajetória na política que inclui cargos de vereadora e prefeita de Valparaíso de Goiás. Ela foi eleita deputada estadual em 2014 e reeleita em 2018. Em 2022, Lêda conquistou uma vaga na Câmara dos Deputados.
Simone Marquetto (MDB - SP)
Jornalista e professora, Simone Marquetto foi eleita deputada federal nas eleições de 2022 com 97 mil votos. Em 2016 e 2020, ela ocupou a posição de prefeita de Itapetininga (SP) e deixou o cargo para assumir uma cadeira na Câmara dos Deputados.