12 orixás que são cultuados no Brasil

Cada orixá carrega uma história rica em simbolismo e representa forças e aspectos da vida, como fertilidade, justiça, cura e coragem

15 nov 2024 - 05h00
(atualizado às 05h00)
Resumo
O culto aos orixás no Brasil reflete a conexão entre espiritualidade e natureza nas religiões de matriz africana.
Iemanjá é uma das figuras mais populares no Brasil
Iemanjá é uma das figuras mais populares no Brasil
Foto: Reprodução: Wikimedia Commons/Luan di Nunes e Cleiton

O culto aos orixás no Brasil reflete a conexão entre espiritualidade e natureza nas religiões de matriz africana. Cada orixá carrega uma história rica em simbolismo e representa forças e aspectos da vida, como a fertilidade, a justiça, a cura e a coragem. Através de rituais, oferendas e cânticos, os devotos se relacionam com essas divindades, buscando proteção, orientação e equilíbrio espiritual.

A seguir, confira 12 orixás que são cultuados no Brasil:

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Exu

Conhecido como o orixá mensageiro, Exu é responsável pela comunicação entre seres humanos e divindades. Ele é o senhor dos caminhos e das encruzilhadas, reverenciado por sua capacidade de abrir portas e facilitar novas possibilidades.

Exu é visto tanto como um provocador quanto como um guia, sendo um dos orixás mais complexos e multifacetados. Seu papel é crucial para iniciar qualquer ritual, pois é ele quem "abre os caminhos" para que as preces e oferendas cheguem aos outros orixás.

Quem é Exu, uma das figuras mais conhecida das religiões de matriz africana Quem é Exu, uma das figuras mais conhecida das religiões de matriz africana

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Ogum

Orixá da guerra, do ferro e da tecnologia, Ogum é protetor dos guerreiros e dos trabalhadores. Seu culto está associado à força, coragem e proteção. Ogum é o orixá das ferramentas e das armas, e é visto como aquele que desbrava florestas e desata os nós que impedem o progresso. Ele é reverenciado em tempos de luta e desafios, trazendo perseverança e liderança para seus devotos.

Oxóssi

Conhecido como o caçador e protetor das matas, Oxóssi é o orixá ligado à fartura, à prosperidade e ao conhecimento. Ele representa a habilidade de observar e aprender, além de ser o patrono dos caçadores e daqueles que buscam sustento.

Com uma ligação profunda com a natureza, Oxóssi é cultuado como um orixá da abundância, e seu papel é assegurar que nunca falte o necessário para aqueles que o veneram.

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Ossaim

Orixá das folhas e das ervas medicinais, Ossaim é detentor do conhecimento de cura e proteção. Ele é responsável pelo axé, a força vital contida nas plantas, e é essencial nos rituais que envolvem cura e proteção espiritual. O conhecimento de Ossaim é considerado sagrado e indispensável nas religiões de matriz africana.

Orixá das folhas e das ervas medicinais, Ossaim é detentor do conhecimento de cura e proteção
Foto: Reprodução: Wikimedia Commons/Toluaye

Obaluayê (ou Omulu)

Associado à cura, a doenças e à morte, Obaluayê é uma divindade de grande poder e mistério. Ele simboliza a transformação e a regeneração, e é invocado em situações de enfermidade e sofrimento, trazendo cura e alívio para os males do corpo e da alma.

Com uma forte ligação com a terra e os mortos, Obaluayê representa a passagem entre vida e morte e é frequentemente relacionado à finitude e à renovação.

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Oxum

Deusa das águas doces, da fertilidade, da beleza e do amor, Oxum é um dos orixás femininos mais cultuados. Ela representa a maternidade, a feminilidade e a proteção. Oxum é, muitas vezes, reverenciada em cachoeiras e rios, locais onde os devotos fazem oferendas pedindo harmonia no amor, na família e nas finanças.

Iemanjá

A rainha dos mares e das águas salgadas. Iemanjá é uma das figuras mais populares no Brasil. Ela é associada ao acolhimento e à proteção, sendo vista como uma mãe que cuida e protege seus filhos. Iemanjá é celebrada no dia 2 de fevereiro, quando devotos se reúnem nas praias para entregar flores e presentes ao mar. Ela simboliza força, amor incondicional e a renovação, representando o vínculo com as águas profundas.

Negra, mãe, rainha: saiba mais sobre Iemanjá Negra, mãe, rainha: saiba mais sobre Iemanjá

Nanã

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Orixá da lama e da ancestralidade, Nanã é uma figura materna e protetora, associada ao nascimento e à morte. Representa transformação e renovação, atuando como um símbolo de sabedoria e paciência. Ela é reverenciada como uma orixá que guarda os segredos do tempo e do destino.

Iansã

Orixá dos ventos, tempestades e raios, Iansã é conhecida por sua energia vigorosa, força e coragem. Ela é uma guerreira destemida e representa a liberdade e o poder feminino. É cultuada como protetora das mulheres e como um espírito de movimento e transformação, sendo também associada aos espíritos dos mortos, que ela comanda com seu poder. Iansã é lembrada pela sua capacidade de enfrentar desafios e pela energia vital que traz aos seus devotos.

Xangô

Orixá do trovão, do fogo e da justiça, Xangô é conhecido como um defensor da verdade e do equilíbrio. É reverenciado como uma divindade de poder, liderança e força, sendo considerado um protetor daqueles que lutam por justiça. Xangô simboliza a imparcialidade e a retidão, representando um juiz justo que age em defesa dos inocentes e pune aqueles que cometem injustiças.

Xangô é conhecido como um defensor da verdade e do equilíbrio
Foto: Reprodução: Wikimedia Commons/Fakeye, Lamidi Olonade

Oxalá

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O mais respeitado e venerado dos orixás, Oxalá é associado à paz, à criação e à serenidade. É visto como o pai de todos os orixás, aquele que mantém o equilíbrio e representa a ordem. Oxalá é cultuado como o orixá da paz e da harmonia, valorizado por sua sabedoria e calma. Ele é símbolo de espiritualidade elevada e é lembrado por sua habilidade de promover a conciliação e o entendimento entre os seres humanos. 

Logun Edé (Logunedé)

Orixá da beleza, da dualidade e da juventude, Logunedé é filho de Oxum e Oxóssi, combinando características de ambos. Ele é ao mesmo tempo caçador e senhor das águas doces, representando a junção de atributos complementares, como a astúcia e a graça. Logunedé é um orixá ambíguo e versátil, e é venerado pela sua flexibilidade e capacidade de adaptação, refletindo a beleza e a leveza dos dois mundos que representa.

Fonte: Redação Nós
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