34% dos brasileiros se declaram LGBTQIA+ em estudo sobre comportamento

Pesquisa do International Sex Survey ouviu 82 mil pessoas de 45 países, das quais 3.650 eram brasileiras com idade média de 45 anos

31 ago 2023 - 11h29
(atualizado às 11h51)
Resultados indicam que as pessoas vêm se sentindo mais confortáveis em relação à orientação sexual
Resultados indicam que as pessoas vêm se sentindo mais confortáveis em relação à orientação sexual
Foto: iStock

Um estudo sobre comportamento sexual realizado entre 2021 e 2022 entrevistou 82 mil pessoas de 45 países e trouxe dados interessantes sobre a intimidade do brasileiro. Conduzido pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HCFMUSP), o estudo faz parte da pesquisa global do International Sex Survey e ouviu 3.650 brasileiros, cuja idade média é de 45 anos, entre os quais 34% se declararam pertencentes à comunidade LGBTQIA+.

Desses, 13% se declararam como gay, lésbica ou homossexual; 9% como bissexual; 6% como heteroflexível (quem tem curiosidade por explorar esporadicamente a relação com alguém do mesmo sexo); 3% como assexual ou não saber; 2% como panssexual e 1% como homoflexível, expressão destinada a quem tem curiosidade por explorar esporadicamente a relação com alguém do outro sexo.

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Segundo Marco Marco Scanavino, psiquiatra e professor do departamento de psiquiatria do Western University, no Canadá, e responsável pelo braço do estudo Internacional Sex Survey no Brasil, esses resultados indicam que as pessoas vêm se sentindo mais confortáveis em relação às orientações sexuais. “Lembro que participei de um estudo no começo dos anos 2000 que tínhamos em torno de 10%, considerando homossexuais e bissexuais. Claro que a forma de pesquisar também mudou, agora temos o panssexual, homoflexível, heteroflexível, mas, em duas décadas, vemos que as pessoas estão mais abertas, com a sexualidade mais aberta”, disse em reportagem do G1.

É importante levar em consideração que a pesquisa, realizada de forma online, não pode ser 

generalizada para a totalidade da população brasileira. Trata-se de uma amostra que contou com a participação principalmente de moradores de metrópoles (51%) e cidades grandes (39%) com formação superior (87%). Entre os que responderam ao estudo, 64,3% se identificavam como homem, 34,3% como mulher, e 1,4% declarou outras identidades de gênero.

Outras informações relevantes do estudo desenvolvido pelo International Sex Survey é que, em média, o brasileiro faz sexo pela primeira vez aos 18 anos de idade e tem dez parceiros na vida. Os participantes brasileiros assistiram pornografia, em média, de 2 a 3 vezes por semana no último ano. O estudo também revelou que quase 100% dos brasileiros que participaram da pesquisa já se masturbaram ao menos uma vez na vida e que 81% já fizeram sexo com um parceiro ou parceira casual.

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Fonte: Redação Nós
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