O sistema de escrita e leitura tátil é uma ferramenta essencial para pessoas cegas ou que possuem baixa visão. Ele foi criado na França, em 1825, por Louis Braille, que perdeu a visão aos 3 anos de idade após se ferir com um objeto pontiagudo.
Na busca por facilitar a sua vida e de outras pessoas deficientes visuais, Louis criou um programa para ensinar os cegos a ler. Com mais de 190 anos, o braile continua se adaptando a toda a evolução da escrita. Mas tem muito mais para saber sobre esse sistema:
1. O braile é formado pela combinação de seis pontos que formam 63 caracteres em relevo. Alguns especialistas consideram que o espaço não ocupado entre os pontos também é um sinal; assim, o sistema permitiria a formação de 64 símbolos.
2. Há combinações para a representação de letras, números, símbolos científicos, notas musicais, fonética e informática.
3. Nem toda pessoa cega lê em braile, e isto se dá por diferentes motivos: perda visual na idade adulta ou falta de sensibilidade no tato por diferentes patologias, entre outras.
4. A leitura do braile é feita da esquerda para a direita, utilizando-se uma ou ambas as mãos. É possível ler com as duas mãos; na leitura bimanual, cada mão lê metade de um parágrafo.
5. Cada caractere do sistema pode ser percebido com apenas um toque da parte mais sensível do dedo indicador (a polpa).
6. Uma página impressa em tinta corresponde a aproximadamente três páginas em braile.
7. Os livros em braile devem ser preferencialmente transcritos em papel sulfite de gramatura 120, ideal para a perfuração e o tato.
8. Dispositivos celulares Android possuem teclado virtual em braile. O sistema funciona a partir de seis círculos numerados expostos na tela dos aparelhos. Cada um deles representa um dos seis pontos que, quando tocados, formam letras ou símbolos.