10 mulheres brasileiras pioneiras na política, desde a primeira vereadora eleita até a primeira presidente do Brasil, romperam barreiras e enfrentaram desafios para garantir a representação feminina em cargos de liderança.
Ao longo da história, diversas mulheres romperam barreiras e abriram espaço para a participação feminina na política brasileira. Desde a primeira vereadora eleita até a primeira mulher a ocupar a presidência do Brasil, essas mulheres enfrentaram desafios e preconceitos para garantir a representação feminina em cargos de liderança.
A seguir, confira 8 pioneiras que abriram espaço para as mulheres na política:
Joana Cacilda Bessa
Joana Cacilda Bessa foi a primeira mulher a se eleger vereadora no Brasil, em 2 de setembro de 1928, no município de Pau dos Ferros, Rio Grande do Norte. Natural de Itaú/RN, ela recebeu 725 votos. É importante lembrar que o Brasil não permitia que mulheres votassem naquele ano. Isso só aconteceu com a promulgação do Código Eleitoral de 1932 pelo presidente Getúlio Vargas, que passou a permitir o sufrágio feminino.
Luíza Alzira Soriano Teixeira
Ainda em 1928, no município de Lajes, no Rio Grande do Norte, Luíza Alzira Soriano Teixeira se tornou a primeira mulher a ser eleita prefeita no Brasil e na América Latina. Durante seu mandato, Alzira focou em melhorias na infraestrutura da cidade e sua gestão foi interrompida com a Revolução de 1930. Ela renunciou ao mandato por não concordar com o governo de Getúlio Vargas.
Antonieta de Barros
Jornalista e professora, Antonieta de Barros foi uma importante pioneira na política brasileira e defensora da educação e dos direitos das mulheres e das pessoas negras. Filha de ex-escravizada, Antonieta nasceu em 1901, onde hoje é Florianópolis. Após a concessão do direito ao voto às mulheres, ela se tornou a primeira mulher a ser deputada estadual em Santa Catarina em 1934, e a primeira mulher negra a se eleger no país.
Carlota Pereira de Queirós
Carlota Pereira de Queirós foi a primeira mulher a ser eleita deputada federal no Brasil, em 1934, pelo Estado de São Paulo. Carlota era médica e atuava por melhorias educacionais que ajudassem as mulheres a ter um melhor tratamento. O seu mandato também foi em defesa das mulheres e das crianças.
Eunice Mafalda Berger Michiles
Primeira mulher a ocupar um lugar no Senado Federal desde a Princesa Isabel, Eunice Mafalda Berger Michiles foi eleita pelo Amazonas em 1979. Ela, que defendeu pautas relacionadas aos direitos das mulheres, precisou enfrentar resistência por parte de seus colegas homens que não concordavam com seus projetos de lei.
Laélia Contreiras Agra de Alcântara
Laélia Contreiras Agra de Alcântara foi a primeira mulher negra a exercer o mandato de senadora. Nascida em 1923 em Salvador e formada em Medicina, ela assumiu o cargo de senadora pelo PMDB do Acre em 1981, aos 57 anos, como suplente do senador Adalberto Sena. Laélia se destacou como defensora dos direitos das mulheres, educação e saúde pública, posicionando-se contra o aborto e o racismo.
Iolanda Ferreira Lima
Primeira mulher a assumir o cargo de governadora no Brasil, Iolanda Ferreira Lima é uma professora que foi eleita vice-governadora em 1982 na chapa do então governador Nabor Júnior. Após a renúncia de Nabor para se candidatar ao Senado, ela tomou posse como governadora do Acre em 14 de maio de 1986. Em 2019, Iolanda recebeu o diploma Bertha Lutz, uma homenagem do Senado a pessoas que contribuíram na defesa dos direitos das mulheres.
Dilma Rousseff
A economista e política brasileira foi a primeira mulher a ocupar a presidência do Brasil, de 2011 a 2016, quando foi afastada por um processo de impeachment. O impeachment foi controverso e polarizou a opinião pública no Brasil. Desde então, Dilma tem se dedicado a questões sociais e à defesa da democracia. Atualmente, ela é presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (Banco do BRICS), sediado em Xangai, na China.