O preparador físico Sebastian Avellino Vargas, do Universitario, do Peru, teve sua prisão preventiva revogada pelo Justiça nesta quinta-feira (20). No entanto, a denúncia do Ministério Público foi acatada e ele se tornou réu do processo por racismo, o qual ele responderá em liberdade.
Sebastian havia sido detido após supostamente ter feito gestos racistas em direção à torcida do Corinthians logo após o apito final da vitória corintiana sobre o time peruano, pela partida de ida dos playoffs das oitavas de final da Sul-Americana.
Em seu processo, Vargas responderá por dois crimes: promover tumulto ou incitar a violência, previsto na nova redação da Lei Geral do Esporte, que pode gerar até cinco anos de prisão, além de incitar ou praticar discriminação ou preconceito de cor em um evento esportivo, o que pode levar também a cinco anos de prisão.
A denúncia do MP foi baseada nas imagens feitas da arquibancada e no circuito interno da Neo Química Arena, que indicam a simulação de gestos racistas (imitar um macaco) em direção aos torcedores corintianos.
Apesar do pedido pela manutenção da prisão pela falta de vínculo de Vargas no Brasil, a Justiça não vê risco risco na soltura do peruano, que mostrou vontade em colaborar no processo.
Sebastian estava preso desde a madrugada do dia 12 de julho, após o duelo do Timão pela Copa Sul-Americana. Agora ele tem até cinco dias para apresentar seus dados à Justiça para que possa ser encontrado.