Uma adolescente de 13 anos foi encontrada morta com sinais de espancamento e estupro em Sarutaiá, no interior de São Paulo, neste domingo, 9. Segundo a Polícia Civil informou ao Terra, o padrasto da vítima, de 28 anos, e a mãe dela, de 31, foram presos suspeitos pelas agressões. A mulher, no entanto, foi liberada posteriormente em audiência de custódia.
De acordo com a polícia, o casal foi preso em flagrante pelos crimes de feminicídio e estupro de vulnerável. A vítima, identificada como Yasmim de Souza Carvalho, chegou a ser socorria e levada ao Hospital de Piraju, mas já não apresentava mais sinais vitais.
A autoridade policial à frente do caso solicitou exames periciais ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal (IML) e o caso foi registrado como feminicídio e estupro de vulnerável na Delegacia de Piraju.
Como a polícia descobriu crime
De acordo com informações divulgadas pela TV Tem, afiliada à Rede Globo na região, consta no boletim de ocorrência que a mãe da adolescente inicialmente relatou aos policiais que, ao chegar em casa, teria encontrado a filha desacordada e muito machucada.
Quando a vítima chegou no hospital, as equipes da saúde constataram que ela poderia ter sido agredida com pedaços de madeira e que tinha cicatrizes pelo corpo.
Ao ser questionada sobre possíveis agressões, a mãe de Yasmin alegou que a filha estava sob os cuidados do padrasto. O hospital então acionou as polícias Civil e Militar. Os policiais fizeram buscas na região e encontraram o padrasto da menina tentando fugir da cidade.
O suspeito e a mãe da vítima foram detidos e encaminhados à delegacia, onde foram presos. Segundo a delegada responsável pelo caso, Jordana Amorim, afirmou em entrevista à TV Tem, o padrasto confessou à Polícia Civil a autoria das agressões e que teria "tido relação sexual consentida" com a menina.
A vítima tinha apenas 13 anos, e, no País, a lei determina que estupro de vulnerável é a conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso com menores de 14 anos, com ou sem consentimento; pessoas que, por enfermidade ou deficiência mental, não têm discernimento necessário para a prática do ato, bem como, alguém que, por qualquer outra razão, não possa oferecer resistência.
"No interrogatório, o padrasto alegou que na madrugada da data dos fatos, ele e a companheira, no caso a genitora da vítima, estariam ingerindo bebida alcoólica e acabaram por dormir. Ele [relata] que acordou na madrugada e encontrou a vítima ingerindo bebida álcoolica, e por esse motivo teria a agredido com um cabo de vassoura. E ele alega também que somenta nessa data teria mantido relação sexual de forma consentido com a vítima", informou a delegada.
"A mãe alegou que Yasmim havia caído do telhado, mas os machucados no corpo da menina apontavam outra coisa. Os médicos perceberam que ela foi agredida com um pedaço de madeira. Foi então que a mãe acabou contando que a filha era agredida e abusada pelo padrasto", acrescentou a autoridade policial.
De acordo com a TV Tem, em audiência de custódia, o Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva do padrasto e liberou a mãe. Ambos foram indiciados pela morte da menina.
Prefeitura de Sarutaiá decretou luto
A Prefeitura de Sarutaiá decretou luto de três dias devido a morte da adolescente. Em nota divulgada nas redes sociais, o prefeito do município, Isnar Frechi, lamentou o crime. "Nossa comunidade de Sarutaiá e a região estão consternadas com essa perda irreparável e prestam seus sentimentos à família e amigos da Yasmim", postou.