O DJ Alok se apresentou junto com cantores indígenas no Grammy Museum, em Los Angeles, EUA, para o pré-lançamento de seu álbum “O Futuro é Ancestral”.
O DJ Alok, 32 anos, se apresentou ao lado de indígenas no Grammy Museum, em Los Angeles, nos Estados Unidos, para o pré-lançamento do álbum “O Futuro é Ancestral”, que tem previsão de estreia para 19 de abril, no Dia dos Povos Indígenas.
Brô MC’s, Mapu Huni Kuin, Rasu e grupo Yawanawa e Owerá MC foram alguns dos artistas indígenas presentes no evento. Segundo Alok, o álbum é um "projeto global". "Você não precisa entender a língua Huni Kui ou Yawanawa para sentir o que eles têm a dizer. Eu fico muito feliz de poder ser uma plataforma para potencializar as vozes deles", disse à GloboNews.
O álbum tem a participação de mais de 60 músicos indígenas, que trabalharam por mais de 500 horas em estúdio com Alok. O objetivo principal do projeto é transmitir a importância que a música tem na visão dos indígenas.
"A gente está feliz de estar demarcando espaço com esse álbum que é muito importante. A gente vem fortalecendo a cultura do povo indígena, especialmente do meu povo, que é o Guarani Kaiowá. É um passo importante para o povo indígena estar presente neste lugar", disse Kelvin Mbaretê, do grupo Brô MCs.
Célia Xakriabá, a primeira deputada federal indígena eleita por Minas Gerais, esteve na roda de conversa sobre a "combinação da música, da tecnologia e da sustentabilidade como uma chave fundamental para a reconexão com a natureza e a preservação da vida no planeta".
"Nós, povos indígenas, tivemos importante participação, o projeto foi co-produzido com lideranças indígenas. É uma homenagem à nossa cultura ancestral", escreveu ela no Instagram.
Alok doou todos os royalties como produtor e co-autor para os indígenas que participaram do projeto. O álbum "O Futuro é Ancestral" também tem um documentário de mesmo nome, roteirizado por Célia Xakriabá e Moara Passoni, que mostra o processo do trabalho dos artistas.