Uma aluna de 19 anos denunciou o professor de matemática Rodrigo Simonace por assédio nesta quinta-feira, 25. O caso aconteceu no Colégio Estadual Antônio Maria Teixeira, no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
De acordo com os agentes da Polícia Civil, a aluna relatou que o assédio começou quando o professor passou a fazer comentários nas fotos que ela postava nas redes sociais.
A vítima afirmou que o professor também enviou mensagens inapropriadas para o seu celular durante meses. No colégio, a aluna contou ainda que Rodrigo passou a fazer gestos em sua direção, como quando passava a língua pelos lábios e a chamava de "delícia". Após as investidas, a aluna decidiu procurar a diretora do colégio e a polícia.
O Colégio Estadual Maria Teixeira informou que o professor foi suspenso preventivamente. Apesar dos relatos, uma professora, que não quis se identificar, disse que "o colégio está tentando manter a neutralidade diante do caso".
Representantes da Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) acompanharam o professor até a delegacia. O órgão informou que abriu uma sindicância interna para apurar o ocorrido.
O caso foi registrado na 14ª DP no Leblon como assédio sexual. Ao Terra, a delegacia informou que a vítima e o professor foram ouvidos. Agora, o inquérito foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim).
Advogado fala em mais vítimas
Horácio Cariello, advogado da aluna, afirmou que o professor assediou mais alunas no colégio. "O importante é tentar reunir mais vítimas para caracterizar que não era só com a minha cliente. Uma outra aluna prestou depoimento na qualidade de testemunha, mas na realidade ela também foi vítima. Por enquanto são duas vítimas, mas existem outras", declarou ao Terra.
O advogado contou que o professor procurou outros alunos para pedir auxílio após a divulgação do caso. "Ele acessou um grupo de alunos pedindo ajuda e foi negado porque é notório que ele faz isso com todas as alunas do colégio."
Professor nega as acusações
O professor Rodrigo Simonace prestou depoimento e negou as acusações. Ele disse para a polícia que a aluna fez a acusação porque foi advertida para desligar o telefone durante a aula.