Uma amiga da suposta vítima do caso que envolve Daniel Alves desistiu de processar o jogador, indo contra a recomendação da juíza do caso que já informou haver "provas suficientes" de estupro que pesam contra o brasileiro. A informação foi publicada pelo Uol neste sábado, 4.
A juíza espanhola Maria Concepción Canton Martín foi informada pela mulher que gostaria que o caso da amiga, que teria sido levada para um banheiro onde o crime teria ocorrido, fosse tratado como prioridade.
De acordo com a agência de notícias EFE, duas amigas da mulher supostamente agredida, deram depoimentos, nesta sexta-feira, em um tribunal de Barcelona, e alegaram que foram tocadas sem consentimento pelo jogador. Ainda segundo a agência, uma das amigas contou que Dani Alves tocou nas suas partes íntimas sem consentimento, o que a fez se sentir incomodada.
Então, a juíza teria instruído a mulher a denunciá-lo por agressão sexual, mesmo crime pelo qual já está preso preventivamente. Porém, isso não aconteceu. As amigas da vítima também corroboraram com a versão da acusadora de que Daniel Alves teria a agredido no banheiro da boate Sutton, em Barcelona, em uma festa no dia 30 de dezembro do ano passado.
Entenda o caso
Daniel Alves está preso preventivamente na Espanha desde o dia 20 de janeiro. O jogador teria agredido sexualmente uma mulher de 23 anos em uma festa no dia 30 de dezembro do ano passado. A Justiça espanhola ordenou a prisão do atleta depois de ouvir depoimentos contraditórios do brasileiro. De acordo com a imprensa espanhola, o ex-Barcelona alegou que teve relações sexuais consensuais com a mulher na última versão do seu relato.
Inicialmente, Daniel Alves foi preso no Centro Penitenciário Brians 1, mas foi transferido para o presídio Brians 2 três dias depois da detenção. A cadeia é localizada no município Sant Esteve Sesrovires, a 40 km de Barcelona.
Durante esta semana, Cristóbal Martell, advogado de Daniel, entrou com um recurso para que o brasileiro possa responder ao processo em liberdade. De acordo com o profissional, "há espaço para defesa". Por outro lado, o jornal "El Periódico" informou que a juíza Anna Martín escreveu em documento que há "indícios muito mais do que suficientes" para comprovar o estupro.