Após a exposição sofrida pela atriz Klara Castanho, de 21 anos, que divulgou carta aberta para por fim aos boatos sobre a sua vida íntima, Aline Campos prestou solidariedade à atriz e contou que também já foi vítima de violência sexual.
"Klara Castanho é luz e foi vítima de algo infelizmente ainda muito comum em nossa sociedade! Eu já fui estuprada também, sim! Mas não com as mesmas consequências que ela! Mas e se tivessem tido as mesmas? Pode ser, sim, que eu fizesse a mesma coisa ou que tivesse abortado de forma clandestina, cheia de riscos", contou a dançarina em uma sequência de stories publicados no domingo, 26.
Aline ainda destacou que o abuso aconteceu no passado e que a terapia a ajudou lidar com o trauma. "Já trabalhei muito isso na terapia. Hoje sou mais forte por ter superado. Mas muitas que, por exemplo, não tem o apoio em casa ou não tem condições de fazer também terapia, acabam tirando a própria vida, seja literalmente ou vivendo para sempre atrás de um trauma que bloqueia a vida em todos os aspectos", disse a dançarina que espera que o caso também sirva para que as pessoas possam "se apoiar mais, unir mais".
Intimidade exposta
No sábado, Klara revelou em carta aberta que engravidou após ser vítima de estupro e entregou o bebê para a adoção. A carta foi divulgada para por fim aos rumores que circulavam nas redes soicias. Ela ainda apontou a má conduta de alguns profissionais de saúde envolvidos no diagnótico e parto.
Com as revelações, o Conselho Regional de Enfermagem de SP (Coren-SP) informou que irá investigar a conduta da enfermeira que teria vazado as informações para o colunista Leo Dias. O jornalista, por sua vez, expôs detalhes sobre o nascimento da criança, após a divulgação da carta aberta de Klara, e posteriormente teve o texto deletado, em meio a enxurrada de críticas nas redes sociais. No dia seguinte, ele pediu desculpas à Klara.
O site Metrópoles, onde o texto foi publicado, também pediu desculpas pelo "mau jornalismo" cometido. Desde a carta aberta, internautas e famosos prestam solidariedade e apoio à Klara, além de criticar os jornalistas envolvidos na exposição da história e os comentários agressivos de Antonia Fontenelle.