Ativista brasileira pelos direitos das prostitutas entra em lista de mulheres mais influentes do mundo em 2024; conheça

Lourdes Barreto integra a lista ao lado de nomes como Gisèle Pelicot e Rebeca Andrade

3 dez 2024 - 10h57
Resumo
Lourdes Barreto é uma das 100 mulheres mais influentes do mundo em 2024, ativista pelos direitos das prostitutas e defensora da liberdade sexual e dos direitos das mulheres.
Lourdes Barreto entrou na lista das 100 mulheres mais influentes do mundo em 2024 da BBC
Lourdes Barreto entrou na lista das 100 mulheres mais influentes do mundo em 2024 da BBC
Foto: Reprodução: Instagram/soulourdesbarreto

A rede britânica BBC divulgou a lista das 100 mulheres mais influentes do mundo em 2024. A ativista brasileira Lourdes Barreto, 81 anos, que luta pelos direitos das prostitutas, integra a lista ao lado de nomes como Gisèle Pelicot, francesa dopada pelo marido e estuprada por estranhos, e também a atleta olímpica brasileira Rebeca Andrade.

Lourdes é uma das maiores referências na luta pelos direitos de mulheres e prostitutas no Brasil. Nascida na Paraíba, ela tem uma história marcada por superação e militância. Aos 14 anos, saiu de casa após ser estuprada por um tio e começou a trabalhar como prostituta.

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Lourdes passou por diversos estados brasileiros antes de se estabelecer em Belém, nos anos 1950. Sua trajetória é contada no livro “Lourdes Barreto: Puta Autobiografia”, que relata as batalhas que ela enfrentou para garantir políticas públicas e dar visibilidade à causa das prostitutas.

Em 1987, ela fundou a Rede Brasileira de Prostitutas, um dos primeiros movimentos organizados de profissionais do sexo na América Latina, ao lado de Gabriela Leite. A rede teve um papel importante no reconhecimento do dia 2 de junho como o Dia Internacional da Prostituta. 

Além disso, Lourdes também se destaca como defensora da educação sexual, especialmente na prevenção do HIV/Aids, e da liberdade sexual, incluindo ainda o combate à violência contra as mulheres e a promoção de seus direitos.

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Lourdes Barreto já atuou como conselheira nacional dos Direitos da Mulher e, hoje, é conselheira estadual dos Direitos da Mulher. Ela, que tem uma tatuagem que diz "eu sou puta", participa do terceiro episódio da série "Puta Retrato - Trabalhadoras Sexuais", que estreou na última segunda-feira, 2, no Canal Brasil.

Fonte: Redação Nós
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