A pesquisadora de culturas negras, ativista e historiadora Pamela Carvalho publicou na última terça-feira, 15, um vídeo em que a responsável de uma loja a questiona sobre como ela lava o seu cabelo e comenta que ele parecia "de leão”.
A ativista conta que a atendente da loja já estava olhando para ela com um olhar ‘fiscalizador’ e que também a questionou sobre o formato do seu nariz, que de acordo com a lojista, parecia uma bolinha. O caso aconteceu em uma loja no Saara, no centro do Rio de Janeiro.
Pamela Carvalho diz que, após gravar o vídeo, se dirigiu à lojista, dizendo que as falas dela eram racistas e se a situação continuasse, chamaria a polícia.
Em publicação, a ativista diz que após a sua reação, a atendente se desculpou. Pâmela conta que, no momento, não acionou a polícia. “Estou na correria e porque acredito que às vezes o constrangimento funciona melhor do que me violentar falando com um agente não preparado para esse tipo de situação” declarou.
Ao site Notícia Preta a historiadora diz que vai acionar a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância sobre o caso de racismo cometido na terça-feira. De acordo com ela, a denúncia vai ajudar na criação de políticas contra o preconceito racial.