Ativista LGBTQIA+ move ação contra o apresentador Ratinho por falas homofóbicas e pede retratação e que apresentador não fale seu nome e de outras pessoas da comunidade LGBTQIA+
O ativista LGBTQIA+ Agripino Magalhães Júnior, que moveu uma ação contra o apresentador Ratinho por causa de suas falas homofóbicas proferidas em seu programa, pede na Justiça que o apresentador se retrate e que, por meio de uma tutela de urgência, não fale o nome dele e de outras pessoas da comunidade LGBTQIA+.
Em junho do ano passado, o apresentador disse em seu programa que a Parada do Orgulho LGBT+ não deveria acontecer na Avenida Paulista porque o lugar deveria ser deixado para as famílias. Segundo ele, o Sambódromo do Anhembi seria o local adequado para o "carnaval dos viados e das sapatões".
Agripino e seu advogado acionaram o Ministério Público para que o apresentador fosse processado por homofobia. E após Ratinho saber do processo, ele teria se referido ao ativista em seu programa como “um cidadão safado, vagabundo e sem vergonha”. “Eu vou de briga, vou de confusão mesmo”, disse ao vivo.
Agora, o ativista apresentou em juízo os pedidos na forma de uma liminar, segundo Agripino, por meio das redes sociais. A cada vez que Ratinho desobedecesse a ordem de não tocar no nome dele e de outras pessoas, o apresentador teria que pagar R$100 mil, com um teto máximo de R$ 1 milhão para o valor total das penalidades.
E em relação à retratação, o apresentador teria que possibilitar que Agripino usasse 20 minutos de rede, por três dias seguidos, para falar sobre a comunidade LGBTQIA+. O propósito da retratação seria para mostrar que o ativista "não é um vagabundo, mas um líder que defende as minorias".
No Instagram, Agripino Magalhães, que também é deputado estadual suplente de São Paulo, ressaltou que, somente por meio da Justiça, "podemos combater o ódio, preconceito e retrocessos como essas tais imitações, falas e deboches".
"Não, não é compreensível o que o apresentador do SBT, Carlos Roberto Massa, praticou! Da mesma forma como não é compreensível imitar e chamar negros de 'macaco' na TV e nos estádios. Não é compreensível e precisa acabar! E é pra isso que eu luto todos os dias! Não diminua o peso de algo que mata muitos de nós, LGBTQIAP+, todos os dias em nosso país. Todo preconceito é violência, toda discriminação é causa de sofrimento", escreveu.
LGBTfobia é crime. Saiba como denunciar
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