Ativistas criticam retratação de Luísa Sonza após racismo

A cantora compartilhou uma retratação e um pedido de desculpas para a mulher negra que ela confundiu com garçonete em Fernando de Noronha

6 out 2022 - 14h27
Em uma sequência de vídeos, a cantora afirmou que escreveu o texto com a ajuda da vítima
Em uma sequência de vídeos, a cantora afirmou que escreveu o texto com a ajuda da vítima
Foto: Popline

Na noite de quarta-feira (6) a cantora Luísa Sonza compartilhou através das suas redes sociais uma retratação formal e pediu desculpas após responder na Justiça acusações de racismo e danos morais. Logo após a postagem, páginas de ativismo negro e militantes das pautas raciais epercutiram o pedido de desculpas da artista pontuando o que consideram equívocos por parte da artista.

No texto, Luísa reconhece que a maneira com que se dirigiu a vítima traduz um ato de reprodução do racismo estrutural.  Confira abaixo:

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O pedido de desculpas e retratação de Luísa ocorreram após uma ação de danos morais aberta em 2019 contra a cantora e a Pousada Zé Maria. Em 2018, a advogada Isabel Macedo alegou ter sido vítima de racismo por parte da cantora. Segundo consta no processo, a advogada foi passar férias em Fernando de Noronha e, enquanto assistia a um show de Sonza durante um festival gastronômico na pousada, a artista ordenou que lhe trouxesse um copo de água.

A influenciadora, rapper e escritora Preta Rara é uma das ativistas que opinaram sobre a retratação da cantora pop.

“Quer se desculpar @luisasonza ? Solta a grana para adiantar a vida de algumas pessoas pretas. Paga faculdade, facilite com grana o negócio de algum Afroempreendedores.

Desculpa não vai mudar a vida de nenhuma pessoa preta. A gente vai continuar sendo confundido com bandido ou empregada. Solta a grana”, escreveu em um comentário.

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No Twitter, o ativista e comunicador Jonas Di Andrade se posicionou e explicou o termo “racismo estrutural” utilizado pela Luísa no pedido de desculpas. “Antes de mais nada quero dizer que a branquitude tem distorcido esse conceito para se livrar da culpa do racismo”. 

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Racismo é crime, com pena prevista de até 5 anos de prisão. Ao presenciar qualquer episódio de racismo, denuncie. Você pode fazer isso por telefone, ligando 190 (em caso de flagrante) ou 100 a qualquer horário; pessoalmente ou online, abrindo um boletim de ocorrência em qualquer delegacia ou em delegacias especializadas.

Saiba mais sobre como denunciar aqui.

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Fonte: Redação Nós
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