As barreiras que a população com deficiência ainda enfrenta para ter acesso a educação completa e de qualidade, oportunidades no mercado de trabalho, com remuneração equivalente à formação e posição, derrubam o rendimento médio do trabalhador com deficiência e mantém uma alta taxa de analfabetismo entre as pessoas com deficiência.
As informações estão no módulo 'Pessoas com Deficiência', da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD) Contínua 2022, divulgadas nesta sexta-feira, 7, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo usa como base uma população de 18,6 milhões de pessoas com deficiência (2 anos de idade ou mais) e destaca que a taxa de analfabetismo chega a 19,5%, enquanto esse índice é de 4,1% entre as pessoas sem deficiência, sendo que apenas 25,% das pessoas com deficiência concluíram o ensino médio e 57,% das pessoas sem deficiência têm o mesmo nível de instrução.
Na força de trabalho, a participação das pessoas sem deficiência é de 29%, contra 66,4% das pessoas sem deficiência, com desigualdade também entre profissionais com nível superior (54% de pessoas com deficiência e 84% sem deficiência).
Segundo a pesquisa, 55% das pessoas com deficiência trabalham na informalidade e o nível de ocupação das vagas formais é de 26%.
O rendimento médio das pessoas ocupadas com deficiência chega R$ 1.860, enquanto esse valor é 70% maior entre pessoas sem deficiência e atinge R$ 2.690.
Os dados completos estão na página do IBGE (acesse aqui).