Bia Haddad: saiba quem é a brasileira que fez história chegando na semifinal de Roland Garros

Tenista vem ocupando postos que atletas nacionais não conseguiam há muitas décadas

7 jun 2023 - 11h23
(atualizado às 11h25)
Bia Haddad faz história ao vencer tunisiana e chegar à semifinal de Roland Garros
Bia Haddad faz história ao vencer tunisiana e chegar à semifinal de Roland Garros
Foto: Reprodução/Instagram/@biahaddadmaia

A tenistas brasileira Beatriz Haddad Maia entrou para história do tênis brasileiro ao vencer de virada a tunisiana Ons Jabeur, por 2 sets a 1, e chegar à seminifinal de Roland Garros. 

Maria Esther Bueno foi a última brasileira a chegar nessa fase em um Grand Slam (um dos quatro eventos anuais mais importantes do tênis), no caso o US Open, em Nova York, em 1968.

Publicidade

Conheça  a trajetória de Beatriz Haddad Maia, ou Bia, como prefere ser chamada:

Paulistana, Bia começou a jogar aos 4 anos incentivada por sua mãe. Aos 10 anos já disputava torneios e foi eleita por quatro anos seguidos a melhor tenista juvenil do Brasil, entre 2009 e 2012. 

A jovem chegou na sua primeira final de Grand Slam, também em Roland-Garros, na categoria juvenil em 2012, jogando na disputa de duplas ao lado da paraguaia Montserrat Gonzalez e alcançou a 15ª posição no ranking da ITF (Federação Internacional de Tênis).

Em 2014, ao completar 18 anos, Bia passou a se dedicar aos torneios profissionais, tanto da ITF como da WTA (Associação de Tênis Feminino).

Publicidade

Em 2017, a brasileira se firmou no cenário profissional da WTA e disputou as chaves de alguns dos principais torneios do mundo, incluindo Wimbledon, onde venceu sua primeira partida de Grand Slam. Na época, fazia 28 anos que uma brasileira não vencia o Grand Slam britânico.

O ano seguinte, no entanto, trouxe uma maré de má sorte, com lesões em 2018. No mesmo ano, a tenista se muda do Rio de Janeiro para Florianópolis. "Foi uma decisão tomada mais pela Bia pessoa, e não pela Bia tenista. Queria ter uma vida mais tranquila. Senti que não podia mais pensar somente no meu lado tenista. Queria uma qualidade de vida maior", declarou ela. 

Recuperada, em 2019, tornou-se a primeira brasileira a vencer uma partida do Australian Open desde 1965.

Em uma nova sequência de quedas, em 2019 mesmo, Bia é suspensa por 10 meses por doping. A pena, considerada curta, se deu pois a atelta conseguiu provar que seu caso era consequência de uma contaminação cruzada na manipulação de vitaminas na farmácia. 

Somado à isso, Bia passou por três afastamentos causados pela pandemia da covid-19 e uma cirurgia para retirar um tumor da mão esquerda em 2020. 

Publicidade

Desde então, a atleta tem feito uma campanha para retornar às quadras e buscar patrocínio - e vem tendo resultados positivos, tendo em vista o destaque em Roland Garros este ano. 

E duas curiosidades: a tênista é sobrinha do apresentador e músico Rolando Boldrin, que apresentou por décadas programas de musica brasileira na TV Cultura, como o "Viola Minha Viola" e "Sr. Brasil", e faleceu em novembro de 2022. 

Bia também gosta de pintar quadros em tinta óleo e compartilha em suas redes sociais algumas de suas obras:

Fonte: Redação Nós
TAGS
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se