Brasileira que morreu ao cair de prédio na Argentina usou várias drogas, aponta exame

Segundo documento, Emmily Rodrigues consumiu álcool e usou cocaína, maconha e outras drogas sintéticas antes de morrer

11 mai 2023 - 12h09
(atualizado às 12h27)
Emmily Rodrigues
Emmily Rodrigues
Foto: Reprodução/ Redes sociais / Reprodução

A brasileira Emmily Rodrigues, de 26 anos, consumiu álcool e usou cocaína, maconha e outras drogas sintéticas antes de cair do sexto andar de um prédio em Buenos Aires, na Argentina, e morrer em 30 de março deste ano. A informação consta em um documento do Laboratório de Toxicologia e Química Legal obtido pela agência de notícias Télam e publicado nesta semana.

Segundo a publicação, o estudo aponta que Emmily apresentava um grama de álcool no sangue e vestígios de cocaína, que também foram encontrados nas narinas. Na análise da bile, foram detectadas cocaína e ketamina. Já na urina da brasileira, havia concentrações de maconha, cocaína, ketamina e MDMA. O documento ainda indica que não havia sêmen no corpo da jovem.

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Tanto o empresário Francisco Sáenz Valiente, dono do apartamento em que Emmily caiu e principal suspeito pela morte, quanto outras testemunhas admitiram que haviam consumido álcool e drogas naquela noite. Em depoimento, Valiente disse que a brasileira teve um surto psicótico e se jogou.

O advogado que representa os pais da brasileira, Ignacio Trimarco, disse à agência que esses estudos confirmam a primeira hipótese do Ministério Público, ou seja, que o empresário teria fornecido drogas a Emmily. "Isso confirma que Valiente não consome quase nada do que ele dá a Emmily e às outras meninas, já que seu toxicológico dá apenas cocaína".

"Está comprovado o fornecimento de drogas para nós e o desfecho da morte é o que está sendo investigado", disse o advogado. O profissional ainda sustentou que "há muitos elementos que corroboram que não foi um suicídio". A família acredita que a jovem pode ter sido vítima de feminicídio.

Empresário foi solto

Francisco Sáenz Valiente, 52 anos, suspeito de matar Emmily, ficou preso preventivamente por cerca de 20 dias, mas foi solto em 19 de abril por falta de provas.

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Segundo o jornal Clarín, o advogado dele, Rafael Cúneo Libarona, disse que "a Justiça continua investigando o episódio, mas não o Francisco, que foi solto, embora ainda tenha uma acusação". Ele foi  acusado de homicídio qualificado por feminicídio, posse ilegal de arma e fornecimento de entorpecentes.

Conforme aponta o advogado, em casos como esse, são levadas em consideração a qualidade das provas já encontradas. "Os depoimentos das meninas que estiveram no local do crime foram muito importantes, mostram que Emmily vinha consumindo drogas, álcool e que teve um surto. Uma delas, às 8h da manhã, diz: 'Eu vou para casa porque essa menina me assusta’. Então aí nós testamos o surto psicótico", explicou.

Fonte: Redação Terra
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