A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio pediu a extradição da professora argentina filmada imitando macacos em uma roda de samba. Segundo a presidente da Comissão, Teresa Bergher (PSDB), o pedido foi feito nesta quarta-feira (24) ao Governo Federal.
O episódio aconteceu na última sexta-feira (19), quando uma jornalista gravou a estrangeira e um brasileiro que mora na cidade fazendo os gestos racistas durante a apresentação do grupo PedeTeresa, na Praça Tiradentes, no Centro. "É óbvio que foi uma dancinha racista e essa cidadã racista não é bem-vinda no nosso país", afirmou a vereadora.
O caso também vem sendo acompanhando pela Comissão de Combate ao Racismo da Câmara e investigado pela Delegacia de Crimes Racias e Delitos de Intolerância (Decradi). Na segunda-feira (22), a presidente, vereadora Monica Cunha (PSOL), esteve com representantes do PedeTeresa e a jornalista Jackeline Oliveira, que gravou as cenas, na delegacia para registrar o caso.
A Associação Orff-Schulwerk, da Argentina, da qual a professora é associada, afirmou em nota oficial divulgada na terça-feira (23) que a atitude dela não teve conotação racista. O comunicado disse ainda que na Argentina "no contexto de uma atividade pedagógica, a imitação de animais não tem conotação racista".
Segundo o jornal "O Dia", Teresa Bergher reagiu à nota com indignação: "Em todos os jogos de futebol contra times brasileiros, os argentinos costumam imitar macacos e ainda chamam os jogadores negros de macacos. Isso não é racismo? É um modo lúdico de torcer? Lamento assistirmos ainda hoje a ignorância, a crueldade do racismo. Todo o nosso repudio e horror a essa manifestação criminosa”, continuou a presidente.
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