Câmara do Rio de Janeiro pede extradição de argentina por racismo em roda de samba

Jornalista filmou professora estrangeira imitando macacos ao lado de amigo durante apresentação de grupo musical na Praça Tiradentes

25 jul 2024 - 12h04
Professora fez gestos racistas durante a apresentação do grupo PedeTeresa, na Praça Tiradentes, no Centro do Rio
Professora fez gestos racistas durante a apresentação do grupo PedeTeresa, na Praça Tiradentes, no Centro do Rio
Foto: Reprodução Redes Sociais

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio pediu a extradição da professora argentina filmada imitando macacos em uma roda de samba. Segundo a presidente da Comissão, Teresa Bergher (PSDB), o pedido foi feito nesta quarta-feira (24) ao Governo Federal. 

O episódio aconteceu na última sexta-feira (19), quando uma jornalista gravou a estrangeira e um brasileiro que mora na cidade fazendo os gestos racistas durante a apresentação do grupo PedeTeresa, na Praça Tiradentes, no Centro. "É óbvio que foi uma dancinha racista e essa cidadã racista não é bem-vinda no nosso país", afirmou a vereadora. 

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O caso também vem sendo acompanhando pela Comissão de Combate ao Racismo da Câmara e investigado pela Delegacia de Crimes Racias e Delitos de Intolerância (Decradi). Na segunda-feira (22), a presidente, vereadora Monica Cunha (PSOL), esteve com representantes do PedeTeresa e a jornalista Jackeline Oliveira, que gravou as cenas, na delegacia para registrar o caso. 

5 expressões racistas que talvez você use sem perceber 5 expressões racistas que talvez você use sem perceber

A Associação Orff-Schulwerk, da Argentina, da qual a professora é associada, afirmou em nota oficial divulgada na terça-feira (23) que a atitude dela não teve conotação racista. O comunicado disse ainda que na Argentina "no contexto de uma atividade pedagógica, a imitação de animais não tem conotação racista".

Segundo o jornal "O Dia", Teresa Bergher reagiu à nota com indignação: "Em todos os jogos de futebol contra times brasileiros, os argentinos costumam imitar macacos e ainda chamam os jogadores negros de macacos. Isso não é racismo? É um modo lúdico de torcer? Lamento assistirmos ainda hoje a ignorância, a crueldade do racismo. Todo o nosso repudio e horror a essa manifestação criminosa”, continuou a presidente. 

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Racismo é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de racismo, denuncie. Você pode fazer isso por telefone, ligando 190 (em caso de flagrante) ou 100 a qualquer horário; pessoalmente ou online, abrindo um boletim de ocorrência em qualquer delegacia ou em delegacias especializadas.

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Fonte: Redação Nós
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