Candidato a conselheiro tutelar, pastor é preso suspeito de estupro de vulnerável

Suspeito também era assessor parlamentar da Câmara Municipal de Nossa Senhora do Socorro (SE), mas foi exonerado após ser preso pela polícia

22 set 2023 - 13h27
Polícia Civil cumpriu mandado de prisão contra pastor investigado por estupro de vulnerável em Socorro (SE)
Polícia Civil cumpriu mandado de prisão contra pastor investigado por estupro de vulnerável em Socorro (SE)
Foto: Divulgação/Polícia Civil

Um pastor candidato ao Conselho Tutelar e ex-assessor parlamentar da Câmara Municipal de Nossa Senhora do Socorro, em Sergipe, foi preso nesta quarta-feira, 20, por suspeita de estupro de vulnerável. O mandado de prisão preventiva foi cumprido por policias da Delegacia Especial de Atendimento a Grupos Vulneráveis de Nossa Senhora do Socorro (DAGV). O suspeito foi exonerado do cargo na Câmara após a prisão. 

O inquérito policial que investiga o pastor foi concluído na última terça-feira, 19, após a equipe policial receber denúncias que ele teria praticado assédio sexual contra uma adolescente, filha de sua namorada. O pastor chegou a ser candidato ao Conselho Tutelar de Nossa Senhora do Socorro.

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De acordo com o delegado Paulo Márcio, foram reunidas provas testemunhais e documentais que confirmam o teor das denúncias. "Nós constatamos que o assédio teve início há cerca de dois anos, quando o pastor começou a se relacionar com a mãe da vítima e dormir ocasionalmente em sua residência, situada no Conjunto João Alves Filho", relatou a autoridade policial. 

As investigações apontam que o investigado, que até então também trabalhava como assessor parlamentar na Câmara Municipal de Socorro, começou a assediar a vítima por meio de envio de mensagens de WhatsApp.

"Evoluindo para toques físicos e carícias contra a vontade da adolescente, bem como declarações de amor e pedidos insistentes para que a vítima deixasse a porta do quarto aberta quando fosse dormir", acrescentou o delegado. 

Ainda conforme Paulo Márcio, o suspeito costumava apagar as mensagens logo após enviá-las, para que não fosse descoberto. "Todavia, algumas das mensagens comprometedoras foram 'printadas' pela vítima, que denunciou os abusos ao pai no final do mês de julho deste ano. Ao inquérito, também foi anexado um áudio enviado à vítima pelo autor, que reforça o teor dos demais elementos probatórios", expliou a autoridade policial.

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O delegado destacou que a vítima foi ouvida durante depoimento especial, com a presença de uma psicóloga, realizado na Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (DEACAV), a pedido do DAGV de Socorro.

De acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ),  passar a mão no corpo de menor de 14 anos ou realizar qualquer ato libidinoso com intenção de satisfação sexual, configura o crime de estupro de vulnerável, previsto no art. 217-A do Código Penal.

A prisão do suspeito

De acordo com a polícia, o investigado foi abordado na quarta-feira quando conduzia um veículo na Avenida João Ribeiro, bairro Santo Antônio, na Zona Norte da capital. Ele estava em companhia de duas mulheres.

Após dar voz de prisão, o delegado Paulo Márcio determinou a condução dele até a Central de Flagrantes. O telefone celular do suspeito foi apreendido e será encaminhado ao Instituto de Criminalística (IC) para realização de perícia e extração de dados.

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O suspeito era assessor parlamentar do gabinete do vereador Tiago Azevedo (PSD). Em nota publicada nas redes sociais, a Câmara Municipal de Nossa Senhora do Socorro informou que exonerou o assessor parlamentar do cargo que exercia no gabinete de um vereador.

"A exoneração aconteceu de forma imediata pela mesa diretora, assim que tomou conhecimento do indiciamento criminal confirmado pela Polícia Civil de Sergipe", diz o posicionamento da Câmara.

Posteriormente, o vereador Tiago Azevedo usou a tribuna para afirmar "que não foi negligente em nenhum momento e que ninguém pode ser condenado antes do julgamento". O político também disse "que todo cidadão tem direito ao contraditório e a ampla defesa". 

Terra não localizou a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

Fonte: Redação Terra
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