O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o número de candidaturas indígenas, que em 2022 bateu recordes: 175. É o maior número desde 2014, quando começaram a ser contabilizadas pelo órgão a raça e etnia das candidaturas.
Partindo de autodeclaração, em 2014 foram registradas 84 candidaturas e, em 2018, 134. A base comparativa se refere apenas a dados de eleições federais, nas quais concorre-se aos cargos de Presidência, Governo do Estado, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa.
O número é ainda tímido, com 0,62% das candidatura indígenas, porém proporcionalmente maior do que a população indígena no país, que gira em torno de 0,5%. Cabe lembrar, no entanto, que historicamente as candidaturas não alcançam as vagas que são predominantemente preenchidas por pessoas brancas.
Com a marca de 175 candidaturas, indígenas também deixarm de ser a raça e etnia com menor representação, posto hoje ocupado por pessoas que se declaram amarelas, que somam 112 candidaturas. Amarelas são pessoas com descendência de japoneses, chineses, taiwaneses, coreanos e outros grupos cujas famílias saíram do Leste Asiático para o Brasil, segundo a classificação do Censo.