O lutador Antônio Carlos Coelho de Figueiredo Barbosa Júnior, o Cara de Sapato, disse estar arrependido e triste depois de prestar depoimento na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, 22.
Ele é investigado por crime de importunação sexual dentro da casa do reality show Big Brother Brasil. Além dele, MC Guimê também foi ouvido pela polícia na segunda-feira, 20. Ambos participavam do programa e foram expulsos e eliminados na última quinta-feira, 16, por decisão da emissora. Eles foram acusados de violar as regras do programa.
Cara de Sapato chegou na delegacia no início da tarde acompanhado de três advogados e não falou com a imprensa. Na saída, respondeu algumas perguntas rapidamente.
"Tem sido muito difícil. Com certeza a gente se arrepende. Eu não estou num melhor momento. Eu prometo que assim que possível vou dar todas as declarações e vou falar tudo que puder falar com vocês", disse ao deixar o local, em entrevista exibida no programa Fofocalizando, do SBT.
Antes de ir até a delegacia, Antônio deu entrevista para a colunista do O Globo Patrícia Kogut. Questionado sobre o medo da condenação, ele disse: “Acredito que a preocupação com o desfecho é sempre angustiante.”
Entenda o caso
Durante festa realizada no BBB23 na noite da última quarta-feira, 15, Cara de Sapato e MC Guimê teriam importunado Dania, que havia ingressado no programa horas antes. Guimê aparece em imagens apalpando as nádegas da mexicana, enquanto Cara de Sapato, em outros momentos, tenta imobilizar Dania para beijá-la à força.
O crime de importunação sexual, pelo qual ambos são investigados, consiste em “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”, nos termos do Código Penal, e é punido com pena de 1 a 5 anos de prisão, se o ato não constitui crime mais grave.
MC Guimê foi à delegacia na última segunda-feira. Ele chegou às 13h50 e ficou até as 14h45. Ao sair, disse apenas: “Muita pressão nesses primeiros dias, grande pressão. Fé em Deus”. A Polícia Civil não informou se Guimê quis se manifestar ou ficou em silêncio durante o interrogatório.
*Com informações do Estadão