Após uma denúncia formal feita ao Ministério Público, Carlinhos Maia está agora sendo processado por Agripino Magalhães Júnior, suplente de deputado estadual por São Paulo, devido a comentários transfóbicos feitos contra a cantora e atriz Liniker.
O influenciador, conhecido por suas provocações nas redes sociais, está sendo acusado de debochar da identidade de Liniker, uma mulher trans, em uma atitude considerada crime por ativistas e defensores dos direitos humanos da comunidade LGBTQIAPN+.
Em entrevista, Agripino Magalhães Júnior explicou que não se tratava apenas de uma piada ou deboche, mas sim de uma violação séria e passível de repercussão judicial. "Não basta simplesmente nos indignarmos com casos de piadas, deboches e fake news contra a População LGBTQIAPN+. Temos que reagir!!", afirmou.
Ele ressaltou ainda que ações como essas, que desrespeitam a sexualidade das pessoas, devem ser tratadas com severidade pela justiça, e quem as pratica deve ser responsabilizado de acordo com a lei.
O deputado suplente reforçou que não pode ser tolerado um comportamento tão prejudicial, apontando que atitudes de discriminação contra grupos marginalizados, como a população LGBTQIAPN+, causam sofrimento e violência cotidiana. "Não é aceitável que pessoas usem a sexualidade e identidade de gênero de outros como algo para zombar, como se fosse uma brincadeira", destacou.
Consequências jurídicas para Carlinhos Maia: O que pode acontecer?
A ação movida por Agripino pode resultar em sérias consequências legais para Carlinhos Maia. De acordo com o deputado, o influenciador poderá ser condenado a uma pena de prisão que varia de um a três anos, além de uma possível multa.
Em situações mais graves, a sentença pode aumentar para dois a cinco anos de prisão, sem direito a fiança. Esse processo se soma a outras polêmicas envolvendo Carlinhos Maia, que recentemente também foi denunciado por Romagaga Guidini, influenciadora e humorista, por divulgar publicamente dados pessoais de maneira indevida.
A denúncia feita por Romagaga envolveu o vazamento do nome morto dela, usando antes de sua transição de gênero, o que gerou ainda mais críticas ao comportamento do influenciador.
Romagaga apontou que a exposição de seus dados pessoais, junto com a transfobia, colocou sua segurança e a de sua família em risco. "O que você fez vai muito além de briguinhas de internet, chega a ser desumano", afirmou, criticando a ação de Maia.
Esses casos levantam uma questão importante sobre o uso responsável das redes sociais e os limites do humor e da liberdade de expressão, principalmente quando se trata de temas tão sensíveis como a identidade de gênero e a segurança de pessoas trans.
A ação judicial movida contra Carlinhos Maia é um reflexo da crescente pressão por parte da sociedade e das autoridades para que casos de transfobia sejam tratados com seriedade e as vítimas recebam o devido respaldo da justiça.
Djenifer Henz - Supervisionada por Marcelo de Assis
