A defesa de Daniel Alves entrou com um novo recurso nesta terça-feira, no Tribunal de Barcelona, em que pede a soltura do jogador — que é acusado de estupro por uma mulher de 23 anos. De acordo com os advogados, o risco de fuga do brasileiro é inexistente.
Segundo informações do portal espanhol "Servimedia", a petição — de 36 páginas — ressalta a "desgraça desnecessária" que uma fuga por parte de Daniel causaria a seus familiares.
Além disso, o texto faz referências ao depoimento da denunciante e coloca em xeque o material audiovisual colhido do circuito interno de imagens da boate Sutton, em Barcelona.
- Insiste-se que Dani Alves modificou a sua primeira versão e que a segunda a contraria. Há que concordar que, em termos de consistência e contradição, o suposto autor e a suposta vítima estariam empatados. São muitas incoerências, incoerências absolutamente radicais - diz um trecho da petição.
Em outra parte do recurso, os advogados colocam em dúvida o medo admitido pela denunciante em depoimento e dizem que as imagens das câmeras indicam uma relação de comum acordo entre as partes.
- Eles estão longe de revelar um microcosmo de pânico, terror e anulação do domínio da vontade, mas mostram dois adultos desenvolvendo um jogo erótico de sedução antes da relação sexual.
Ainda de acordo com a defesa do brasileiro, os minutos entre a ida de Daniel Alves ao banheiro e a posterior ida da denunciante comprovariam que não houve força por parte do acusado — ainda que as imagens não mostrem o que aconteceu dentro do banheiro.
- Parece que eles decidiram de comum acordo e que ela consultou os amigos sobre a conveniência de se trancar no box.
Por último, a defesa do acusado destaca o fato de Daniel ter comparecido voluntariamente para prestar depoimento, mesmo sabendo que estava sendo acusado de um crime sexual. Mais uma vez, os advogados justificaram as versões falsas do brasileiro, alegando que o ato foi para tentar salvar seu casamento com Joana Sanz.
