Após denúncia de suposto racismo, sofrido pelo técnico da Ponte Preta, Hélio dos Anjos, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encaminhou o caso tanto para o seu setor de Compliance quanto para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Esta foi a primeira denúncia após a entidade mudar seu regulamento em casos envolvendo racismo.
Na alteração do Regulamento Geral de Competições, casos de racismo podem levar a multa que, em caso de reincidência, chegam a R$ 1 milhão. Advertência, proibição de registro de jogadores e até perda de pontos também estão previstos. A entidade também passou a adotar o procedimento de enviar a súmula para o Ministério Público e a Polícia Civil para que possíveis punições não fiquem apenas no ambiente esportivo.
Hélio dos Anjos fez a denúncia na partida contra o Brasil-RS, pela segunda fase da Copa do Brasil, realizada na última terça-feira, quando o time paulista foi derrotado por 2 a 0, sendo eliminado. Ele alertou a arbitragem sobre possível caso de racismo ao ser chamado de 'negão'.
A Brigada Militar foi acionada, mas não prendeu ninguém, mesmo porque o técnico não soube indicar o possível transgressor. O ato foi relatado em súmula pelo árbitro Felipe Fernandes de Lima.
Hélio dos Anjos disse que não irá procurar a Polícia para fazer um Boletim de Ocorrência sobre o caso. A Ponte Preta, em resposta à imprensa, também afirmou que "a pedido do próprio técnico Hélio dos Anjos, não vai fazer nenhuma representação sobre esse assunto".