A Polícia Nacional da Espanha informou nesta quarta-feira, 18, ter libertado cinco mulheres brasileiras que estavam sendo exploradas sexualmente na província de Alicante, na Costa Blanca. Seis pessoas foram presas por formarem uma quadrilha dedicada à exploração sexual. A operação contou também com a colaboração da Polícia Federal brasileira.
Segundo a polícia espanhola, as mulheres chegaram ao país enganadas, achando que iriam trabalhar como empregadas de limpeza e com a falsa promessa de que teriam a viagem paga, além dos procedimentos para regularizar a sua situação imigratória. Porém, elas foram obrigadas a se prostituir para pagar supostas dívidas que teriam contraído.
Ainda de acordo com a polícia, a organização criminosa, com sede na província de Alicante, exercia um controle rigoroso sobre as vítimas por meio de um circuito de câmaras de vigilância instaladas no bordel. As mulheres eram exploradas sexualmente 24 horas por dia, sem direito a descanso e sem poder recusar nenhum cliente. Elas também tinham que pagar aluguel, comida e até água.
Os membros da organização aproveitaram as crenças religiosas das vítimas para, por meio de rituais, altares e oferendas, conseguirem lealdade absoluta aos líderes da organização.
Seis membros da organização criminosa foram detidos no município de Almoradí, em Alicante. As prisões só aconteceram após uma denúncia feita à linha direta antitráfico. A Polícia Nacional da Espanha informou que, desde o início do ano, foram recebidas mais de 5 mil denúncias do tipo, e 73 vítimas foram libertadas, sendo duas menores de 18 anos.