O nome da cantora Claudia Leitte voltou a ganhar destaque nas redes sociais após ela mudar a letra da canção “Caranguejo”. O trecho que diz “saudando a rainha Iemanjá” foi mudado para “eu canto meu rei Yeshua”, que significa Jesus em hebraico.
No mês de fevereiro, a cantora foi criticada pela mesma situação após um vídeo retirado do DVD de 2014 viralizar.
No Instagram, mesmo sem mencionar diretamente o nome da cantora, o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, falou sobre o assunto.
“Quando um artista se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e sua cultura, reverencia sua percussão e musicalidade, faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo”, escreveu.
Novamente, Claudia Leitte mudou “saudando a rainha Iemanjá” por “eu canto meu rei Yeshua”, que significa Jesus, em hebraico. A última vez que excluiu a referência de matriz africana, foi compartilhada por Michelle Bolsonaro. Intolerância reprovável e repugnante! NÃO PASSARÃO! ✊🏿 pic.twitter.com/9Sxyrx8T6i
— Andréia de Jesus 51.120 votos (@andreiadejesuus) December 16, 2024
Em postagem, Pedro comentou que sua intenção não é falar de um artista específico, mass sims abordar a situação como um todo. “Sei que perde-se controle, mas a intenção não é alimentar 'hate' contra ninguém, e, sim, puxar a discussão como um todo sobre a necessidade de saber o que é axé e reconhecer toda a história”, escreveu.
Sobre a história do axé, o secretário também falou sobre a importância da música para a população negra, destacando a necessidade de valorizar seu significado. “Não podemos admitir desrespeito, apropriação e retrocesso, novamente”, finalizou.