Como está o casal lésbico 60+ da Rocinha que encantou o mundo em série da Netflix

Eunice Lacerda e Jurema Gomes, juntas há mais de 45 anos, protagonizaram a série documental “Meu Amor: Seis Histórias de Amor Verdadeiro”

25 abr 2024 - 05h00
Resumo
Eunice Lacerda e Jurema Gomes viram sua história de amor retratada em uma série documental da Netflix chamada 'Meu Amor'. Elas moram na Rocinha, uma das maiores favelas do Rio de Janeiro.
Nicinha e Jurema estão juntas há mais de 45 anos
Nicinha e Jurema estão juntas há mais de 45 anos
Foto: Reprodução/Instagram/nicinhaejurema

Juntas desde a década de 1970, quando homossexualidade ainda era classificada como uma doença pela OMS (Organização Mundial da Saúde), Eunice Lacerda, 62, e Jurema Gomes, 69, mostram a força do amor entre duas mulheres pretas e celebram a felicidade entre filhos e netos que criaram juntas. 

Moradoras da Rocinha, uma das maiores favelas do Rio de Janeiro, a história de amor entre elas já foi contada para o mundo. Em 2021, estrelaram a série documental “Meu Amor”, disponível na Netflix, cuja ideia era retratar relações duradouras em diferentes países e culturas. 

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Em entrevista ao Terra NÓS, Eunice, apelidada de Nicinha, conta que a exposição após a série não mudou a rotina da família e que, em casa, elas já eram assumidas há muito tempo. “[Desde o início da relação] a gente sempre andava de mãos dadas, ia para a balada e qualquer lugar juntas”, relembra. 

“As pessoas nunca fizeram piada, nem nada. Acho que por causa da idade, do tempo que morávamos juntas [na Rocinha], sempre fomos muito respeitadas”, comenta Nicinha. 

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Lidando com as adversidades de maneira positiva, Nicinha conta que sempre foram parceira uma da outra em 45 anos de casamento, seja para realizar o sonho de construir casa própria, levar à uma consulta médica ou ir ao terreiro de Umbanda.

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Sobre manter um relacionamento por mais de quatro décadas, o segredo, segundo Nicinha, é “muito amor, calor humano e discussões, que qualquer casal tem”. “A gente bate-boca e depois fica tudo bem. Se não tiver uma briguinha, não tem amor”, diz, aos risos. 

Em 2023, o casal também participou do projeto Cidade 60+, no Rio, que organizou uma exposição sobre temas relacionados ao envelhecimento com saúde, qualidade de vida e dignidade. 

Nicinha se diz feliz ao saber que sua história pode ter inspirado tantos outros casais LGBTQIA+ com mais de 60 anos. “Não precisa mais pensar para viver seu grande amor. Quando a gente ama, a gente luta até o fim. E é isso!”, finaliza. 

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Fonte: Redação Nós
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