Conheça a história de mulheres marcantes que já foram representadas na ficção

Elas participaram de batalhas, enfrentaram a sociedade conservadora e ascenderam socialmente; confira

28 dez 2024 - 04h59
Resumo
Grandes mulheres da história ganharam vida na ficção, trazendo à tona suas lutas e conquistas.
Maria Bonita foi a companheira de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião
Maria Bonita foi a companheira de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião
Foto: Reprodução: Benjamin Abrahão Botto/Wikimedia Commons

Grandes mulheres da história ganharam vida na ficção, trazendo à tona suas lutas e conquistas. Nomes como Chica da Silva e Carmen Miranda deixaram diversos legados para a cultura e para a sociedade brasileira. A seguir, confira grandes mulheres que foram representadas na ficção.

Anita Garibaldi

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Anita Garibaldi foi uma revolucionária brasileira que participou ativamente da Revolução Farroupilha no Brasil e das lutas pela unificação da Itália
Foto: Reprodução: Gaetano Gallino/Wikimedia Commons

Anita Garibaldi foi uma revolucionária brasileira que entrou para a história ao lutar ao lado de Giuseppe Garibaldi, seu companheiro, em batalhas que transcenderam fronteiras. Anita participou ativamente da Revolução Farroupilha no Brasil e das lutas pela unificação da Itália. 

Conhecida como "Heroína dos Dois Mundos", sua determinação em combater pela liberdade fez dela um ícone internacional. Apesar de sua vida curta, Anita deixou um legado de bravura e paixão por causas libertadoras, marcando seu nome na história como uma das grandes mulheres revolucionárias.

Na televisão, ela foi interpretada pela atriz Giovanna Antonelli na minissérie “A Casa das Sete Mulheres”, da Globo, que se desenvolve a partir da ótica das mulheres da família do líder dos farrapos, Bento Gonçalves, e tendo as batalhas contra as tropas do Império como pano de fundo. No cinema, em “Anita e Garibaldi”, a revolucionária foi vivida pela atriz Ana Paula Arósio.

Dona Beja

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A vida de Dona Beja foi marcada por episódios de resistência e ousadia em uma sociedade patriarcal
Foto: Reprodução: Eduardo Casalini/Wikimedia Commons

Ana Jacinta de São José, mais conhecida como Dona Beja, é uma figura histórica e lendária de Araxá, Minas Gerais. Reconhecida por sua beleza marcante e personalidade forte, sua vida foi marcada por episódios de resistência e ousadia em uma sociedade patriarcal.

Após ser raptada pelo ouvidor do imperador Joaquim Inácio Silveira da Motta, ela passou a viver como amante do homem por cerca de dois anos. Depois, o Imperador Dom João VI pediu que o homem voltasse para o Rio de Janeiro e, como não pôde levar a mulher, Beja voltou para a sua cidade.

No entanto, ela enfrentou um ambiente hostil, uma vez que as pessoas se recusaram a vê-la como vítima, e, sim, como uma mulher sedutora e desvirtuada, sendo considerada uma ameaça para as mulheres casadas. Dona Beja acumulou fortuna enquanto viveu com Joaquim e, com o dinheiro, decidiu construir uma luxuosa casa no campo, a Chácara de Jatobá, onde um bordel ganhou vida. No local, ela escolhia com quem dormir e sempre usava a disponibilidade de quem podia pagar bem como critério de escolha.

A história de Dona Beja foi contada na novela “Dona Beija”, da Rede Manchete, e teve a atriz Maitê Proença no papel da mulher que desafiou a sociedade conservadora da época.

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Chica da Silva

Chica da Silva foi uma mulher negra escravizada que marcou a história brasileira com sua trajetória de ascensão social
Foto: Reprodução/YouTube

Chica da Silva foi uma mulher negra que marcou a história brasileira com sua trajetória de ascensão social em pleno período escravocrata. Nascida em Vila Rica, Minas Gerais, como filha de uma escravizada e de um homem branco, Chica viveu uma transformação surpreendente ao conquistar sua alforria, libertando-se da condição de escravizada e estabelecendo uma relação duradoura com o contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira, o que lhe garantiu uma posição de destaque e influência.

Ela conseguiu se inserir nos círculos sociais da época, compostos majoritariamente por pessoas brancas, e adquiriu diversas casas, além de vários escravizados.

Chica da Silva foi representada na ficção pela atriz Taís Araujo, na novela “Xica da Silva”, da Rede Manchete, e no filme de mesmo nome, baseado no livro de João Felício dos Santos, com Zezé Motta como Chica da Silva.

Maria Bonita

Maria Bonita foi a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros
Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Maria Gomes de Oliveira, mais conhecida como Maria Bonita, foi uma cangaceira brasileira e companheira de Virgulino Ferreira da Silva, que ficou conhecido como Lampião, o Rei do Cangaço. Nascida no interior da Bahia, ela foi a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros.

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Ela era casada com um primo sapateiro antes de se apaixonar por Lampião e decidiu entrar para o cangaço por vontade própria, ao contrário de outras mulheres que eram abusadas e forçadas a seguir no grupo. No entanto, ela precisou entregar a filha que teve com Lampião para um fazendeiro. 

Maria Bonita usava joias caras e tinha regalias, além de andar com vestidos de seda e usar o mesmo perfume francês que Lampião. Quando estava ao lado do companheiro nos campos de batalha, ela usava botas de couro e roupas de algodão.

Em 1982, a Globo produziu a série “Lampião e Maria Bonita”, protagonizada por Nelson Xavier e Tânia Alves. A trama narra os últimos meses do Rei do Cangaço.

Carmen Miranda

Carmen Miranda se tornou uma estrela da música popular brasileira e ganhou fama internacional após entrar em Hollywood
Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Carmen Miranda foi uma das artistas mais icônicas do Brasil e do mundo, conhecida por sua energia contagiante e por ser pioneira na internacionalização da cultura brasileira. Nascida em Portugal, mas criada no Rio de Janeiro, Carmen iniciou sua carreira na música e logo se destacou pelo seu talento vocal e presença de palco. 

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Nos anos 1930, ela já era uma estrela da música popular brasileira, mas foi com sua chegada em Hollywood que sua fama se espalhou globalmente. Ela estrelou diversos filmes estadunidenses, em que usou seus trajes exuberantes e turbantes decorados com frutas tropicais. Carmen criou uma imagem cheia de brilho, que a tornou um símbolo do Brasil para o mundo.

A cantora Priscilla Alcantara viveu Carmen Miranda em “Amor Perfeito”, novela da Globo que estreou em março de 2023. Carmen também já interpretou ela mesma em produções como "Down Argentine Way" e "Laranja da China".

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Fonte: Redação Nós
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