Conselheiro da OAB-SE é indiciado por estupro contra advogada

Nesta semana, vítima renunciou ao cargo e apontou falta de apoio da entidade

21 mar 2024 - 22h57
(atualizado às 23h38)
Conselheiro da OAB-SE é indiciado por estupro contra advogada
Conselheiro da OAB-SE é indiciado por estupro contra advogada
Foto: Reprodução/OAB-SE

O advogado e conselheiro da Ordem dos Advogados de Sergipe (OAB-SE) Ricardo Almeida foi indiciado pela Polícia Civil nesta quinta-feira, 21, pelo crime de estupro contra uma colega de profissão. O crime aconteceu em janeiro deste ano após um bloco no pré-carnaval. 

Ao jornal Extra, o advogado Guilherme Maluf, responsável pela defesa do acusado, afirmou que o cliente é inocente e contestou a versão apresentada pela vítima, a ex-conselheira e advogada Bruna Hollanda. 

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Renúncia ao cargo

No início desta semana, a vítima anunciou a renúncia ao cargo de conselheira da OAB, no qual atuava desde 2022. De acordo com ela, não recebeu nenhum apoio da instituição. 

"Finalizo minha participação profundamente decepcionada e indignada com a postura desrespeitosa, falaciosa, machista e perigosamente astuta. (...) Sou mulher, sou advogada, sou mãe, fui violentada covardemente, sou vítima de estupro, fui dilacerada no corpo, na alma e socialmente (...) Continuei calada e firme aguardando o acolhimento institucional que não tive até hoje", disse Bruna. 

Advogada que denunciou estupro por colega renuncia cargo na OAB
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Em uma carta aberta publicada nas redes sociais, o presidente da OAB-SE, Danniel Costa, lamentou a renúncia e disse se solidarizar com a vítima. Ao lado dele, a secretária adjunta da seccional, Clara Alerte, afirmou ter tomado todas as medidas em seu “alcance”, entre elas, o afastamento do suspeito. 

“Dentro da sua esfera de competência, a OAB adotou todas as medidas que estavam ao seu alcance, inclusive com instauração de processo disciplinar e imediato afastamento do conselheiro. No entanto, nada que a ordem fez e ainda fará será capaz de cicatrizar as dores vivenciadas por nossa colega”, disse Arlete. 

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A secretária afirma ainda que não faltará apoio psicológico e institucional e que permanece à disposição. 

Fonte: Redação Terra
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