Crianças yanomami com desnutrição grave apresentam melhora

Número representa 78% de um total de 19 menores entre 6 meses e 5 anos

15 fev 2023 - 13h43
(atualizado às 13h44)
O tratamento utiliza protocolos e diretrizes à base de fórmula. Adesão é um desafio, já que o uso desse tipo de alimento não faz parte da cultura yanomami
O tratamento utiliza protocolos e diretrizes à base de fórmula. Adesão é um desafio, já que o uso desse tipo de alimento não faz parte da cultura yanomami
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Catorze crianças yanomami diagnosticadas com desnutrição grave e que estão sendo acompanhadas pela Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) de Boa Vista ganharam peso e evoluíram para quadros moderados. O número representa 78% de um total de 19 crianças da etnia, com idade entre 6 meses e 5 anos, monitoradas por equipes de saúde em razão de desnutrição grave.

“Mesmo sendo apenas uma amostra da população total de crianças desnutridas, é sinal de que o empenho das equipes e as estratégias adotadas até aqui funcionam e podem ser replicadas”, avaliou o Ministério da Saúde.

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O tratamento utiliza protocolos e diretrizes à base de fórmula. A pasta destacou que a adesão é um desafio, já que o uso desse tipo de alimento não faz parte da cultura yanomami. Equipes fizeram uma espécie de busca ativa dentro da Casai para que as fórmulas fossem administradas adequadamente e nos intervalos definidos – algumas de três em três horas e outras de quatro em quatro horas.

Os próximos passos, segundo o ministério, são a ampliação progressiva do tratamento para crianças com quadros parecidos na própria Casai e adaptações nos polos base, evitando remoções de crianças e permitindo que elas sejam atendidas dentro do território yanomami.

“Isso vai ocorrer de maneira gradual conforme sejam ampliados os quantitativos de profissionais, bem como sua qualificação, e deve ser pactuado no âmbito do COE [Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública] Yanomami para as próximas semanas. Os quadros gravíssimos seguem sendo atendidos nos hospitais de referência da região.”

Agência Brasil
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