O jogador brasileiro Daniel Alves, preso por suspeita de agressão sexual contra uma mulher em Barcelona, mudou a sua versão sobre os acontecimentos pela terceira vez, segundo informações do jornal colombiano El Tiempo.
Segundo a publicação, o jornalista Carlos Quilez revelou nesta quarta-feira, 8, que o atleta admitiu pela primeira vez que houve penetração vaginal – algo que havia sido negado em declarações anteriores. Agora, a invetigação busca determinar se o caso foi consensual ou não.
Um relatório elaborado pelo Hospital Clínico de Barcelona e divulgado pelo portal Informalia também confirmou que houve penetração vaginal.
"O relatório de lesões elaborado pelo Hospital Clínico de Barcelona, especializado em agressões sexuais, verifica a penetração vaginal e certifica a existência de hematomas, arranhões e mordidas no corpo da jovem, somados ao estado de nervosismo e ansiedade que ela apresentava após seu encontro com Alves", diz o documento.
Nesta quarta-feira, a defesa de Daniel Alves apresentou oficialmente o recurso que pede a liberdade provisória do brasileiro. De acordo com o jornal espanhol Sport, o advogado do jogador, Cristóbal Martell, listou várias medidas que poderiam ser seguidas por Daniel Alves para assegurar que ele não sairá da Espanha.
Relembre o caso
A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão de Daniel Alves no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao dar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.
A magistrada argumentou na decisão de prender o jogador que existia o risco de fuga, uma vez que o atleta não mora mais na Espanha e tem recursos financeiros para sair do país a qualquer momento. Além disso, a Espanha não tem acordo de extradição com o Brasil.