A defesa de Daniel Alves pagou 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) à Justiça da Espanha, e a pena máxima do jogador, acusado de abuso sexual de uma jovem, pode ser reduzida pela metade. A informação foi publicada pelo UOL.
O valor pago foi uma indenização por "atenuante de reparação de dano causado". A pena máxima por violência sexual na Espanha é de 12 anos de prisão. Após a troca de advogados do jogador na última semana, o teor da defesa tem mudado, visando reduzir ao máximo o tempo de prisão do lateral-direito.
Com o pagamento desse atenuante de reparação, o período pode cair pela metade. Ou seja, se Daniel Alves for condenado, pode pegar uma pena de seis anos de prisão.
Mesmo com o pagamento dos 150 mil euros, a Justiça espanhola pode aplicar uma pena superior aos seis anos, caso julgue que há outros agravantes no caso. Se o jogador for absolvido, os 150 mil euros serão devolvidos.
Vítima não pode negar pagamento
O Código Penal da Espanha prevê o pagamento de uma indenização para reparar danos causados. A quantia seria destinada à vítima após a publicação da sentença, em caso de condenação.
Conforme o Artigo 66 do Código Penal espanhol, "quando houver apenas uma circunstância atenuante, a pena aplicada será a metade inferior da que define a lei para o delito".
Daniel Alves avalia declarar-se culpado
Depois de quase nove meses preso sob a acusação de estupro, o jogador Daniel Alves considera declarar-se culpado. A estratégia seria adotada para reduzir a pena do atleta. As informações são do jornal espanhol Mundo Deportivo.
Daniel Alves mudou de advogada e agora é defendido por Inés Guardiola, advogada catalã especializada em agressões sexuais e direito penal. A nova estratégia da defesa do jogador é a admissão de culpa para chegar a um acordo com a Justiça espanhola, reduzindo ao máximo a sua pena. Guardiola já estaria negociando um acordo com o juiz responsável pelo caso.
Atualmente os crimes de agressões sexuais têm penas de 8 a 10 anos de reclusão. Além disso, o lateral-direito também deverá pagar uma indenização, ainda não definida, à vítima. O julgamento está previsto para acontecer até o final de novembro.
Desde a sua prisão, Daniel Alves já contou cinco versões diferentes sobre o que aconteceu na noite de 30 de dezembro de 2022, na boate Sutton, em Barcelona, quando foi acusado de abusar sexualmente de uma jovem.